O pastor não é um “super-herói“. Assim como qualquer ser humano, ele também pode enfrentar momentos de crises em sua vida. Lamentavelmente, muitos pastores sentem a necessidade de passar a imagem de fortaleza para o rebanho e acabam esquecendo de que nossa força vem do Senhor. Vejamos o que nos ensinou o apóstolo Paulo: “Posso todas as coisas naquele que nos fortalece” (Fp 4:13).
Quando o obreiro mostra-se ao rebanho como alguém inabalável, torna-se uma pessoa inacessível. O rebanho sente-se aquém desse padrão de espiritualidade ou então cria uma pseudossantidade na tentativa de chegar a esse padrão.
O pior acontece se esses obreiros cobram esse nível de espiritualidade dos outros, sobrepujando o rebanho ou pondo sobre as ovelhas um fardo que eles mesmos não conseguem carregar. Eles aplicam disciplinas severas que tem apenas a função de punir e castigar a ovelha, e não de ajudá-la na sua restauração.
O pastor é um homem que, como qualquer outro, tem suas falhas e está sujeito as mesmas paixões, tentações, temores,, conflitos, tribulações. Ele apenas foi escolhido por Deus para apascentar o rebanho do Senhor. E, como escolhido, procura viver em santidade, separando-se para o Senhor continuadamente.
O obreiro, no entanto, tem o dever de ser um exemplo para o rebanho em todos os aspectos. O apóstolo Paulo admoesta-nos, dizendo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1ª Tm 4:16).
Bibliografia:
Psicologia Pastoral
Jamiel de Oliveira Lopes
CPAD