Apesar de a Escola Dominical ter se originado — como a conhecemos atualmente – cerca de 220 anos após a Reforma Protestante, o seu princípio básico, isto é, o ensino, perpassa os tempos bíblicos desde o Antigo Testamento até Jesus Cristo e sua ordem de que os discípulos pregassem e ensinassem (Mt 28:19,20). O ensino sempre caracterizou o povo de Deus, pois a igreja do primeiro século era uma autêntica “pedagoga”, conduzindo gentios e judeus ao conhecimento do Evangelho de Jesus Cristo. O mais interessante em nossa reflexão é que a Escola Dominical surge da iniciativa leiga e floresce entre os membros para só posteriormente ser aceita e assim implementada oficialmente. Na esteira dos movimentos reformistas, pode-se afirmar que a Escola Dominical é um dos mais pujantes, pois marcou o início de trabalho de inclusão que acomodou toda a igreja em seus quadros e, além disto, igualou leigos e oficiais em termos de ensino.
Das funções sacerdotais, a Escola Dominical atende uma das mais urgentes, posto que sua tarefa principal é o ensino. Em se tratando do sacerdócio universal dos crentes, a Escola Dominical, com toda segurança, é a atividade que contempla os aspectos mais caros do referido exercício, pois nela não ensinam apenas homens, mas também mulheres, não somente oficiais, mas também leigos. O sacerdócio universal dos crentes é um legado para a Escola Dominical, pois leva esta a cumprir seu propósito enquanto ao mesmo tempo forma pessoas para executar aquele. Por sua vez o poder do Espírito é necessário e imprescindível para se levar a ambos a efeito. Daí a importância do pentecostalismo para que o ensino na Escola Dominical se dê sob a égide do sacerdócio universal dos crentes.
APOSTILA DO 9º CONGRESSO NACIONAL DE ESCOLA DOMINICAL
CELEBRANDO OS 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE
Pr CÉSAR MOISÉS CARVALHO/RJ
CPAD