Como as pessoas com deficiência são tratadas em sua igreja?

Questões a ponderar: Tem conhecimento da existência de pessoas portadoras de deficiência na sua comunidade? Como são tratadas as pessoas portadoras de deficiência na sua comunidade? São tratadas com dignidade e respeito? Ou são evitadas e desprezadas? São tratadas com receio e estigma? São bem recebidas na igreja?

Calcula-se que, a nível global, existam 15% de pessoas a viver com deficiências – o que significa aproximadamente mil milhões de pessoas. As pessoas portadoras de deficiência são frequentemente as pessoas mais marginalizadas e mais pobres nas nossas comunidades. Infelizmente, podem enfrentar estigma (quando as pessoas têm atitudes negativas para com elas) e discriminação (quando as pessoas as tratam de maneira diferente por motivo da sua deficiência).

Frequentemente, a questão da deficiência não é falada. Por vezes, as pessoas portadoras de deficiência são até escondidas e mantidas longe da vista por causa da vergonha e de mal-entendidos. A deficiência pode ser um “problema escondido” que necessita de ser revelado.

O que diz a Bíblia?

A Bíblia diz que toda a humanidade é criada à imagem de Deus (Gênesis 1) e amada incondicionalmente por Deus (João 3:16). Isto inclui as pessoas portadoras de deficiência. Em toda a Bíblia, vemos a preocupação especial de Deus com as pessoas que são desfavorecidas e excluídas.

Para os cristãos, Jesus deve ser o nosso exemplo. Jesus encontrou sempre tempo para falar com as pessoas portadoras de deficiência, apoiar estas pessoas e aceitá-las plenamente. Em Mateus 20:29–34, Jesus saía de Jericó quando encontrou dois cegos.

Em vez de os curar imediatamente, Jesus perguntou-lhes: “Que quereis que vos faça?”. Na cultura da época, estes homens teriam sido marginalizados por causa da sua deficiência, mas Jesus queria dar-lhes dignidade falando e tratando pessoalmente com eles. Da mesma forma, com a mulher que tinha um fluxo de sangue havia 12 anos (Lucas 8:40-48), sofrendo vergonha e estigma, a preocupação de Jesus foi para além das necessidades físicas dela. Jesus chamou-lhe “filha de Israel” – um nome que exprimia amor e honra. E, embora Jesus curasse frequentemente as pessoas fisicamente, a Sua principal preocupação era sempre curar por dentro – curar os nossos corações para nos levar à relação correta com Deus. Em 1ª Coríntios 12, Paulo fala da igreja como um corpo. Se bem que sejamos todos diferentes, todos nós somos valiosos. Não há ninguém sem mérito e valor no reino de Deus. Fomos todos criados para um fim, com algo de valor para oferecer. A igreja é chamada a ser uma comunidade inclusiva que ofereça amor, valor e respeito a todas as pessoas. Nós somos chamados a não ter preconceitos e a dar a todas as pessoas a oportunidade de desempenhar um papel na comunidade que realize o seu potencial.

Compreender a deficiência

Há muitos tipos de deficiência diferentes, desde pequenos problemas que as outras pessoas poderão não notar, até condições que põem a vida em perigo. Há também muitas causas de deficiência diferentes. A ajuda médica pode melhorar determinados tipos de deficiência – se estiver disponível.

A deficiência inclui:

  • deficiência física – de nascença ou provocada por acidente ou doença posterior. Os exemplos incluem o palato fendido, a síndrome da poliomielite, ou a lesão da coluna provocada por um acidente rodoviário.
  • surdez ou cegueira – de nascença ou por doença.
  • a deficiência emocional – resultante de experiências angustiantes, negligência ou abuso.
  • dificuldades de aprendizagem.

Como é que a deficiência afeta as pessoas?

Muitas pessoas portadoras de deficiência vivem na pobreza e não lhes são dadas oportunidades de educação e de trabalho. Por vezes, são-lhes também negados cuidados de saúde (por ex. imunizações) e uma boa nutrição. Podem sofrer de estigma e rejeição nas suas comunidades.

Os prestadores de cuidados têm igualmente de fazer muitos sacrifícios, dando tempo e recursos àqueles de quem estão a tratar. No entanto, se centrarmos a nossa atenção nas “capacidades” das pessoas em vez de nos centrarmos nas suas “deficiências”, as atitudes negativas podem mudar. Muitas vezes, quando é dado às pessoas portadoras de deficiência o apoio de que necessitam, essas pessoas são capazes de encontrar o lugar que lhes compete na sua comunidade.

Por exemplo:

  • Proporcionar os auxílios apropriados para ajudar as pessoas a deslocarem-se permitirá mais independência e talvez o acesso ao trabalho.
  • O treino em atividades da vida quotidiana pode reduzir a dependência das crianças portadoras de deficiência e dar tempo aos pais para outras atividades.
  • A formação em linguagem gestual permite às pessoas surdas integrarem-se com outras pessoas e tornarem-se membros da comunidade mais confiantes e mais valorizados.

Nota: Estudo bíblico extraído do guia Revelar, publicado pela Tearfund.

Quando você tem uma criança neurotípica (dita normal) e ela tira notas boas, você se alegra. Se ela faz o que pedem, você também se alegra. Mas é uma alegria normal porque, naturalmente, é a “obrigação” dela.
Quando você tem um filho com algumas limitações, a cada aprendizado dele e a cada acerto, você vibra como se tivesse ganhado na loteria, pois poucos acreditam nele como você. Por isso que ele é uma CRIANÇA especial❤, pois suas conquistas vem depois de muito aprendizado e paciência.
Gostaria de pedir um favor sobre um assunto importantíssimo!
Estamos na semana da Educação Especial, Autismo, Dislexia, TEA, Tourette, TDAH e outras tantas… para todas as crianças que lutam a cada dia para serem bem sucedidas… e aqueles(as) que tentam ajudá-los.
Seria bom ensinar aos nossos filhos a serem simpáticos, empáticos e solidários; aceitando todos os colegas de turma sem diferenças.
As crianças com necessidades especiais não são estranhas. Elas querem o que todas as crianças querem: Serem aceitas!!! (

Ana Célia Morais)

http://ultimato.com.br/sites/paralelo10/2016/12/como-as-pessoas-com-deficiencia-sao-tratadas-em-sua-igreja/

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