Fatores socioculturais

1 – A influência cultural

       A cultura é um fator preponderante na formação da personalidade. Alguns autores chegam até mesmo a considerá-la como fator decisivo. Nos primeiros anos de vida, ocorre o processo de adoção dos modelos culturais. A mãe transmite ao filho costumes culturais ao entender as necessidades da criança. “A situação no lar, a linguagem que aprender, a escola, as práticas econômicas e as prescrições para alimento, sono, excreção – tudo é imposto por exigências culturais”. A criança aprende os valores culturais em casa, na escola, na igreja, através dos jornais, revistas em quadrinhos, rádio, televisão, etc.

       Na adolescência, acontece um processo de reação contra esse modelo cultural que foi imposto. Após esse estágio, ocorre uma aceitação do modelo agora revisto e adequado à personalidade madura.

2 – Influências sociais

       As situações sociais, até certo ponto, contribuem para a formação da personalidade. Existem vários aspectos que poderiam ser abordados em relação às influências sociais; procuramos, no entanto, destacar aquele que consideramos ser o fator principal: o ambiente familiar, que, quando não é sadio, pode provocar sentimentos de insegurança e angústia na criança.

       Pesquisas confirmam a teoria freudiana de que a experiência da primeira infância é um fator determinante e eficiente do comportamento adulto. Um dos determinantes básicos na formação da personalidade pode ser as atitudes dos pais com relação à criança. Algumas dessas atitudes podem ser positivas, contribuindo para um melhor desenvolvimento da personalidade do filho; outras porém, são negativas, prejudicando esse desenvolvimento. 

2.1 – Atitudes negativas e suas consequências

  • Rejeição da criança por parte dos pais – a criança rejeitada poderá sentir-se insegura e com dificuldade de autoafirmar-se, passando a ter um comportamento hostil, negativista e rebelde; ela poderá, mais tarde, ter dificuldade em suas relações interpessoais e também em dar e receber afeição;
  • Superproteção dos pais – A criança superprotegida poderá tornar-se egoísta, egocêntrica, irresponsável ou, ao contrário, será submissa, obediente, excessivamente sem iniciativa, passiva e dependente dos outros;
  • Uso abusivo de autoridade sobre o filho – a disciplina excessiva pode levar a criança a fortes necessidades de aprovação social ou mesmo a um padrão moral extremamente rigoroso. Pode, ainda, desenvolver uma personalidade rígida e uma tendência ao sentimento de culpa e conflitos.
  • Falta de uma hierarquia de valores estabelecidos – quando não existe uma hierarquia de valores ou mesmo quando a indisciplina é insuficiente, a criança terá um desenvolvimento inadequado, podendo tornar-se uma pessoa sem autocontrole e indecisa ao fazer escolhas ou enfrentar problemas.

Bibliografia:

Psicologia Pastoral

Jamiel de Oliveira Lopes

CPAD

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