O destino dos justos

       Depois do Juízo Final, Deus cumprirá a sua promessa de criar um novo céu e uma nova terra desde o Antigo Testamento “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65:17). A partícula “mas”, no versículo seguinte (18), uma enfática conjunção adversativa hebraica ki-im, “mas antes”, contudo”, mostra que a promessa divina de criar os novos céus e a nova terra não anula o seu compromisso com Jerusalém sobre as bençãos para o Milênio. A promessa de novos céus e nova terra é reiterada mais adiante: “Porque, como os céus novos e a terra nova que hei de fazer estarão diante da minha face, diz o SENHOR” (Is 66:22). Jesus também ensinou sobre o assunto quando disse: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24:35). A declaração bíblica de que a terra durará para sempre (Ec 1:4) é a garantia divina de que sempre haverá uma terra, mas isso não significa necessariamente a mesma terra.

     Tudo isso aqui já está extremamente contaminado pelo pecado, e o universo físico não suportará o esplendor da santidade, da pureza da glória de Deus. O céu e a terra desaparecerão da presença daquele que está assentado sobre o Grande Trono Branco (Ap 21:11). “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21:1).  Na visão do apóstolo João,  os céus e a terra de hoje serão substituídos. O universo físico que vemos hoje não será transformado; Deus vai criar tudo novo. A frase “o mar já não existe” mostra uma nova ordem, pois “os oceanos são necessários à oxigenação da atmosfera na terra. A falta de mares, portanto, sugere que toda a economia da nova terra será diferente” (HORTON, 1995, p. 304).

       Que o céu e a terra que conhecemos vão desaparecer, isso é anunciado desde o Antigo Testamento (Sl 102:25, 26; Is 51:6). A profecia do Salmo 102 é citada no Novo Testamento (Hb 1:10_12). Essa terra e esse céu estão reservados para o fogo: “Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão. Havendo, pois de perecer todas essas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato e piedade, aguardando e apressando-vos para a vinda do Dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” (2ªPe 3:10_12). Os sistemas teológicos, em geral, dão pouca importância aos temas escatológicos ou espiritualizam demais essas profecias forçando a exegese, principalmente os que criticam o sistema dispensacionalista. Não há exagero algum na interpretação literal e futurista desses fatos.

A Razão da Nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos – Livro de Apoio das Lições Bíblicas do 3ºT 2017 Adulto CPAD

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