Política do filho único

Política do filho único foi uma política implantada pelo governo da República Popular da China (com exceção da província de Henan) – país que tem a maior população do mundo, com mais de 1 300 000 000 de habitantes – com o objetivo de reduzir o crescimento populacional e, desse modo, facilitar o acesso da população do país a um sistema de saúde e educação de qualidade. Lançada pelo governo chinês no fim da década de 1970, consistia numa lei segundo a qual fica proibido, a qualquer casal, ter mais de um filho. Casais que têm mais de um filho eram punidos com severas multas. Existem, hoje, cerca de 80 milhões de filhos únicos na China. Eles são conhecidos como pequenos imperadores. Em outubro de 2015, no entanto, o governo chinês aboliu a lei por conta do envelhecimento da população, ao passar a permitir até dois filhos por família.

Família composta por um filho em um parque de Pequim

Exceções

Apesar de ser chamada de “política do filho único”, as regras oferecem uma série de exceções e ambiguidades, algumas existentes devido à ampla oposição ao limite. Por exemplo: em grande parte da China rural, a maioria das famílias pode ter um segundo filho, principalmente se o primeiro for mulher. Temos outra exceção, com alguns problemas encontrados (como: não iriam existir tantas pessoas para trabalhar no futuro, iriam ter que pagar um maior valor para a sua reforma, ou seja, a população ia ficar cada vez mais idosa) eles resolveram estender essa política, se pelo menos uma pessoa do casal tiver um ou mais irmãos/irmãs eles não poderão ter mais que 1 filho, porém, se os dois forem filhos únicos eles podem ter no máximo 2 filhos.

O slogan pintado na parede de uma rua de Linxia fala sobre “resolver o problema populacional” e construir uma “sociedade harmoniosa”

Consequências

A China calcula que a política do filho único evitou 400 milhões de nascimentos ao longo dos últimos anos e ajudou a quebrar a preferência tradicional por grandes famílias, que sempre perpetuou a pobreza no país. Mas há sérias preocupações sobre os seus efeitos colaterais, como abortos seletivos de meninas e um rápido envelhecimento populacional. Em razão da implementação desta política restritiva, o número de casos de aborto e abandono de crianças aumentou significativamente, principalmente naquelas do sexo feminino.

Abolição

Em outubro de 2015, a agência de notícias chinesa Xinhua anunciou planos do governo para abolir a política do filho único, permitindo agora que todas as famílias tenham dois filhos, conforme um comunicado emitido pelo Partido Comunista. O movimento foi visto como uma contra medida para o crescente envelhecimento da população da China. Os críticos das restrições reprodutivas chinesas acolheram a mudança da política, mas afirmaram que a mudança da regra para dois filhos não acabará com esterilizações e abortos forçados, ou com o controle do governo sobre o nascimento de pessoas.

Demografia da China

 

demografia da República Popular da China caracteriza-se por uma grande população com uma relativamente reduzida faixa etária jovem, resultado, em parte, da “política do filho único” adotada pelo país. As políticas demográficas implementadas na República Popular da China desde 1979 ajudaram a evitar 400 milhões de nascimentos, os quais levariam a população atual a cerca de 1,7 bilhões de habitantes. Alguns estudiosos pensam que esses dados são exagerados e que o impacto evitado foi de cerca de 50-60 milhões de nascimentos.

A China é o país de maior população do mundo há muito tempo. Quando realizou seu primeiro censo, em 1953, a contagem revelou 582 milhões de habitantes; o quinto censo, de 2000, contou quase o dobro, com 1,2 bilhões de habitantes.

A começar de meados dos anos 1950, o governo chinês adotou, com variados graus de sucesso, medidas e programas de planejamento familiar e de controle populacional. O rápido crescimento demográfico chinês levou o governo a implementar uma política estrita de uma única criança por família, anunciada em 1979, segundo a qual os casais somente poderiam ter uma criança cada. Com esta medida, a China logo estabilizou-se e reduziu a taxa de fertilidade. Em 1971, as mulheres tinham uma média de 5,4 crianças, contra uma estimativa de 1,7 crianças em 2004. A fiscalização do programa, porém, variava consideravelmente, dependendo do local.

Hoje, a população continua a crescer. Há também um sério desequilíbrio de gênero. Os dados do censo de 2000 revelam que 119 meninos nasceram para cada 100 meninas, o que, em julho de 2004, levou o governo a proibir o aborto seletivo de fetos do sexo feminino. Estima-se que este desequilíbrio continuará a crescer até 20252030, até atingir 20%, e então passará a decrescer lentamente.

A população chinesa tem envelhecido consideravelmente; estima-se que, em 2020, 11,8% dos chineses terão 65 anos ou mais, resultado principalmente do gigantesco crescimento econômico que a China vem experimentando nos últimos anos, o que, consequentemente, eleva as condições de vida do país (mesmo que ainda de forma lenta), como no Brasil.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_da_China

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