Desafios JMM – Américas

 

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A obra missionária na América Latina vive um momento importante. Um momento que nos tem exigido estudo e preparo para o desenvolvimento de novos projetos, novos obreiros e novas estratégias. Grande parte de sua população professa a religião católica. Por outro lado, temos o Uruguai como um dos países mais secularizados do continente, apesar de cerca de 45% da população confessar a fé católica.

Este país nos chama a atenção por ter apenas 9% de cristãos não católicos e possuir 44% de ateus ou pessoas que não confessam qualquer religião. Em todo o mundo, os ateus ou sem religião já somam cerca de 30% da população, estando atrás apenas do cristianismo e islamismo. Cuba segue na sequência, pois há pesquisas que apontam que 23% da população estão entre aqueles que não professam uma religião ou são ateus.

A América Latina possui um misto de realidades religiosas e sociais. No Haiti, quase toda a população professa a fé cristã, entre católicos e evangélicos, porém 85% admitem ser praticantes do vodu sem reconhecer qualquer conflito entre as religiões cristãs. Em outros países da América Central, como Guatemala, Honduras e El Salvador, encontramos igrejas enfraquecidas e a falta de uma geração jovem de pastores e líderes para falar a sua geração. Ao mesmo tempo, enfrentam uma realidade de violência e problemas sociais.

A América Central divide com o sul da África os piores indicadores de violência no mundo, a ponto de ter um índice de homicídios quatro vezes maior que o da média global. Das 30 cidades mais violentas do mundo, 18 países das Américas ocupam as primeiras posições. Honduras é a nação mais violenta.

Temos sido cada vez mais desafiados a pensar na obra missionária de maneira integral. Levar a mensagem de salvação em Cristo Jesus e ao mesmo tempo colocar em prática o amor de Deus tem sido nosso grande desafio nas Américas. Precisamos investir no treinamento de líderes nacionais e na revitalização de igrejas nativas enfraquecidas, a fim de que cresçam dentro de sua própria cultura e sejam multiplicadoras de novas igrejas, tornando-se relevantes e atentas às necessidades sociais das comunidades nas quais estão inseridas.

Entendemos que Deus tem nos dado recursos humanos e materiais para fazermos a diferença entre os mais desfavorecidos de nosso continente. Crianças e mulheres que sofrem violência e exploração de todo o tipo e jovens e adultos escravizados pelo consumo de drogas lícitas e ilícitas têm sido nosso alvo nos últimos anos e serão para os próximos.

Frentes missionárias como o Projeto Quero Viver (Peru); Por Um Novo Haiti; Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança – PARE (Colômbia); projeto Vida en La Calle (Colômbia); Gol para Cristo (Chile); PEPE (programa socioeducativo), entre outras atividades desenvolvidas por nossos missionários têm representado esta visão da JMM em levar o amor de Cristo manifestado em ações que atuam diretamente no sofrimento e falta de esperança de centenas de crianças e adultos.

Atualmente somos desafiados por nossas convenções batistas latino-americanas a enviar missionários capacitados a atender estas necessidades. A América Central está em nosso foco. A parceria entre convenções nacionais tem marcado o tempo de uma visão missiológica reflexiva e bíblica, através da qual queremos transferir aos nossos irmãos o nosso DNA missionário, a fim de que este tempo de celeiro de missões que vive o Brasil também seja uma realidade em toda a América Latina.

Sonhamos e trabalhamos para promover capacitação e parcerias para termos missionários latino-americanos sendo voz de Deus às nações. Oro para que Deus levante novos intercessores e parceiros para que superemos os desafios do continente. Precisamos que novos vocacionados aceitem o chamado para seguir ao campo, seja como missionário de longo termo ou como voluntários. Oro para que jovens façam parte dos nossos projetos Radical Latino-Americano e Radical Haiti.

Oro para que Deus desperte em todos nós, assim como fez com o apóstolo Paulo, a consciência e o amor por aqueles que ainda não conhecem a Jesus, para que sejamos com a nossa vida, voz de Deus às nações.

Ruy Oliveira Jr., coordenador da JMM para as Américas

http://missoesmundiais.com.br

 

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