Hong Kong

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Hong Kong (chinês: 香港; romanização do mandarim pinyinXiānggǎngromanização do mandarim Wade-GilesHsiang-kangpronunciado: ɕjáŋkàŋ; romanização do cantonês jyutpingHoenggong, romanização do cantonês Yale: Hēunggóngpronunciado: hœ̂ːŋkɔ̌ːŋ; em HacáHiong-gong; em inglêsHong Kongpronunciado: hɒŋ ˈkɒŋ), é uma das duas regiões administrativas especiais (RAE) da República Popular da China (RPC), sendo a outra Macau. Uma Região Administrativa Especial da República Popular da China situada na costa sul da China e delimitada pelo delta do Rio das Pérolas e pelo Mar da China Meridional, é conhecida por seu horizonte repleto de arranha-céus e por seu profundo porto natural. Com uma área de 1 104 km² e uma população de sete milhões de pessoas, Hong Kong é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. A população da cidade é composta por 95% de pessoas de etnia chinesa e 5% de outros grupos étnicos. A maioria chinesa Han da cidade é originária, principalmente, das cidades de Guangzhou e Taishan, na vizinha província de Guangdong.

Hong Kong tornou-se uma colônia do Império Britânico após a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Originalmente confinada à Ilha de Hong Kong, as fronteiras da colônia foram estendidas em etapas para a Península de Kowloon em 1860 e, em seguida, para os Novos Territórios, em 1898. Foi ocupada pelo Império do Japão durante a Guerra do Pacífico, após a qual o controle britânico foi retomado até 1997, quando a China reassumiu a soberania da cidade. Durante a era colonial, a região adotou a mínima intervenção do governo sob o ethos do não intervencionismo positivo. A era colonial teve grande influência na atual cultura de Hong Kong, muitas vezes descrita como o lugar onde o “Oriente encontra o Ocidente”, e no seu sistema educacional, que costumava seguir o sistema do Reino Unido até que reformas foram implementadas em 2009.

Sob o princípio do “um país, dois sistemas“, Hong Kong tem um sistema político diferente do da China continental. O judiciário independente de Hong Kong funciona no âmbito da common law. A Lei Básica, a constituição da cidade, estipula que Hong Kong deve ter um “alto grau de autonomia” em todas as esferas, exceto nas relações exteriores e na defesa militar. Embora tenha um sistema multipartidário em desenvolvimento, um pequeno círculo do eleitorado controla metade da sua legislatura. O chefe de governo da cidade é selecionado por um Comitê de Seleção/Eleição com 400 a 1200 membros, durante os primeiros 20 anos.

Como um dos principais centros financeiros internacionais, Hong Kong tem uma grande economia de serviço capitalista caracterizada pelo baixo nível de impostos e pelo livre comércio, sendo que a sua moeda, o dólar de Hong Kong, é a oitava mais negociada no mundo. Seu pequeno território e a consequente falta de espaço causaram uma forte demanda por construções mais densas e altas, o que desenvolveu a cidade como um centro para a arquitetura moderna e a tornou uma das mais verticais do planeta. Hong Kong também tem um dos maiores PIB per capita do mundo. O espaço denso também resultou numa rede de transportes altamente desenvolvida, com uma taxa de transporte de passageiros superior a 90%, a maior do mundo. Hong Kong tem várias boas colocações em classificações internacionais de vários temas. Por exemplo, sua liberdade e competitividade econômica e financeira, qualidade de vidapercepção de corrupção e Índice de Desenvolvimento Humano(IDH) estão todos classificados nas mais altas posições. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que Hong Kong tenha a segunda maior expectativa de vida do planeta.

Etimologia

O nome Hong Kong é originário do seu principal produto de exportação do período colonial. O pau-de-águila, uma madeira resinosa escura e perfumada usada em incenso e perfume, era este produto. A sua presença constante no porto da cidade, fez com que ganhasse o apelido de “porto perfumado” (em cantonês é “trầm hương” – romanização do cantonês; “hēunggóng“). Em um dado momento da história, o apelido do porto transformou-se no nome da cidade.

História

Primeiros povos e colonização britânica

A ocupação humana de Hong Kong data do Paleolítico. A região foi inicialmente incorporada no Império Chinês, durante a Dinastia Qin, e serviu como porto nas dinastias Tang e Song. O primeiro visitante europeu de que há registo foi o português Jorge Álvares. O contacto com o Reino Unido foi estabelecido após a Companhia Britânica das Índias Orientais ter estabelecido uma feitoria na cidade vizinha de Cantão. Durante a Guerra do Ópio (18391842), Hong-Kong foi ocupado pelo Reino Unido e em 1898 a China entregou o território por um prazo de 99 anos. A partir dessa data, a nova colônia britânica passou a ser um importante centro de comércio.

No processo que levou ao estabelecimento da República da China, em 1912, Hong-Kong serviu de refúgio político para muitos dos opositores ao antigo regime. Após 1912 o nacionalismo chinês afirmou-se hostil relativamente a potências externas. Entre 1925 e 1927 este regime proibiu o acesso de navios ingleses aos portos do Sul da China, facto que comprometeu seriamente o comércio de Hong-Kong.

A guerra sino-japonesa da década de 1930 levou a China a procurar apoio contra o Japão junto de países europeus como a Inglaterra, o que facilitou as até então difíceis condições de relacionamento entre ambos os países.

Segunda Guerra Mundial e meados do século XX

 

Durante a guerra da Coreia, em 1950, os Estados Unidos boicotaram o comércio com a China comunista, uma medida que afetou consideravelmente a atividade comercial de Hong-Kong. Para fazer face a este embargo, a ilha promoveu o desenvolvimento da sua indústria, nos anos 50 e 60, tarefa facilitada pela afluência de refugiados que proporcionavam excelente mão-de-obra barata e dinheiro. Neste período, a política liberal de Hong Kong atraiu muitos investidores estrangeiros, resultando num boom econômico que fez da ilha uma das regiões mais ricas e mais produtivas da Ásia.

O crescimento econômico causou no entanto algum descontentamento entre os trabalhadores, uma vez que estes auferiam salários muito baixos. Este mal-estar desencadeou motins no Verão de 1967, promovidos por simpatizantes da revolução cultural chinesa. Para combater esta situação o Governo lançou uma legislação laboral; aumentou as habitações públicas e investiu mais em obras públicas, restaurando assim a estabilidade nos anos 70.

Devolução para a China

Durante a década de 1970, o número de imigrantes não parava de aumentar e a grande maioria vinha da China. Além disso, as relações entre as duas nações eram mais amistosas. Nos anos seguintes vieram inclusivamente a verificar-se operações militares e financeiras conjuntas entre a China e Hong Kong.

Em 1982, a China e o Reino Unido iniciaram conversações para a devolução da soberania sobre Hong Kong à primeira. Um acordo assinado em 1984, em Pequim, se decidiu que o território voltasse a soberania chinesa em 1 de Julho de 1997. Em conformidade com o acordado, o regresso de Hong Kong à soberania chinesa após 156 anos de administração colonial britânica deu-se às 00:00 daquele dia.

O agora território chinês tem o status de Região Administrativa Especial, de acordo com a fórmula “um país, dois sistemas“, que também aplicada a Macau, que ganhou a partir de 20 de Dezembro de 1999. Deste modo, o território continua a ser um porto livre e um centro financeiro internacional, e, exceto nas áreas da defesa e da política externa, tem um autonomia interna, inclusive a fiscal. Foi mantida a liberdade de imprensa.

 

Hong Kong vista do Victoria Peak em 2013.

 

Geografia


Fotografia aérea da Ilha de Hong Kong(direita) e de Kowloon (esquerda).

Como muito do terreno de Hong Kong é montanhoso, com declives acentuados, menos de 25% da área do território é urbana e cerca de 40% da área restante está reservado para parques e reservas naturais. A maior parte do território de desenvolvimento urbano consiste na Península de Kowloon, ao longo da borda norte da Ilha de Hong Kong e em assentamentos espalhados por todos os Novos Territórios. A maior elevação do território está em Tai Mo Shan, a uma altura de 958 metros acima do nível do mar. Ao longo de Hong Kong, a linha da costa irregular e curvilínea também proporciona-o com muitas baías, rios e praias.

Apesar da reputação de Hong Kong de ser um território intensamente urbanizado, o território tem feito muito esforço para promover um ambiente verde, e a crescente preocupação pública recente levou a restrição severa de recuperação de terras novas da Baía de Victoria. A conscientização do meio ambiente está crescendo e como Hong Kong sofre com o aumento da poluição agravada pela sua geografia e o número sem fim de edifícios altos. Aproximadamente 80% da poluição atmosférica da cidade provém da China Continental e de Macau, já que compartilharam também o delta do Rio das Pérolas.

Clima

Situado ao sul do Trópico de Câncer, o clima de Hong Kong é subtropical úmido (Cwa na classificação climática de Köppen-Geiger). O ar do verão é quente e úmido, com chuvas ocasionais e trovoadas, e quente que vem do sudoeste. É nesse período que tufões são mais comuns, muitas vezes resultando em inundações ou deslizamentos de terra. O inverno geralmente começa ensolarado e torna-se nublado e chuvoso em fevereiro, com a frente fria ocasional trazendo fortes ventos de arrefecimento do norte. As estações mais agradáveis são a primavera, embora mutável, e no outono, que é geralmente ensolarado e seco. Em ano há em média 1 836 horas de sol e 2 400 mm/ano de precipitação.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/noticia/2018/09/tufao-mangkhut-segue-para-hong-kong-apos-matar-49-nas-filipinas-cjm4t0zqr015i01p2lgi7wbwa.html

https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2018-09-16/tufao-mangkhut-hong-kong-china.html

temperatura mínima absoluta registrada em Hong Kong no Observatório foi de 0 °C em 18 de janeiro de 1893 e a máxima de 36,1 °C nos dias 19 de agosto de 1900 e 18 de agosto de 1990. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 534,1 mm em 19 de julho de 1926, sendo 1997 o ano de maior precipitação, quando caíram 3 343 mm. O menor índice de umidade relativa do ar foi de apenas 10%, observado em 10 de janeiro de 1959. A maior rajada de vento atingiu 259 km/h em 1° de setembro de 1962.

Demografia

A população de Hong Kong cresceu principalmente durante a década de 1990, alcançando 6,94 milhões em 2005. Cerca de 96% da população de Hong Kong é chinesa, a maioria cantonesa. Grupos como Hakka e Teochew também são importantes. Utilizando em questões governamentais, o cantonês é falado pela maioria da população local chinesa em casa e no trabalho, apesar de o inglês também ser compreendido e falado por mais de um terço da população. Desde a passagem de Hong Kong do Reino Unido para a RPC, um novo grupo de imigrantes da China continental aumentou a diversidade étnica da população chinesa e causou um aumento no desenvolvimento do mandarim no território. Os 4% restantes da população é composta por não-chineses, que formam um grupo visível, apesar de seus números pequenos.

Nesse grupo está uma significativa população sul-asiática, que inclui algumas das famílias mais ricas de Hong Kong. Mais de 15 mil vietnamitas, que vieram a Hong Kong como refugiados, tornaram-se residentes permanentes, a maioria sobrevivendo de trabalho informal. Cerca de 140 mil filipinas trabalham em Hong Kong como babás e empregadas domésticas a, conhecidas localmente como amah ou feiyungs. Outras trabalhadores similares vêm da Tailândia e Indonésia. Nos domingos e feriados públicos, milhares desses trabalhadores, a maioria mulheres, vão para a Área Central para socializar. Há também um número de europeusnorte-americanos, japoneses e coreanos, a maioria trabalhando no setor financeiro. Os países que registram o maior número de imigrantes são as Filipinas (132 770), a Indonésia (95 460) e os Estados Unidos (31 330).

Hong Kong é a quinta maior região metropolitana da RPC por população. Por ser considerado como uma território, Hong Kong é um dos países/dependências mais densamente populadas do mundo, com uma densidade geral de mais de 6,2 mil pessoas por km². Hong Kong possui uma taxa de fecundidade de 0,94 filhos por mulher, uma das menores do mundo, e muito abaixo dos 2,1 filhos por mulher necessários para manter o nível de população igual. No entanto, a população está em constante crescimento devido à imigração de cerca de 45 mil pessoas por ano vindas da China continental.

Apesar da densidade populacional, Hong Kong foi relatada como uma das cidades mais verdes da Ásia. A maioria das pessoas moram em flats e arranha-céus. O espaço aberto restante é geralmente coberto por jardinsflorestas e arbustos. Cerca de 60% da terra é designada como parques e reservais naturais. Caminhar e acampar são atividades externas populares nos parques localizados nas montanhas de Hong Kong. A longa e irregular costa de Hong Kong também oferece baías e praias para os habitantes da região. A preocupação com o meio ambiente está aumentando, já que Hong Kong também se classifica entre as cidades com o ar mais poluído do mundo. Estima-se que 70% a 80% da poluição do ar da cidade venha do outro lado do delta do Rio das Pérolas, de Macau e da China continental.

Vista da Ilha de Hong Kong a partir de Kowloon.

Política

Em conformidade com a Declaração Conjunta Sino-Britânica, e com o princípio subjacente da política “um país, dois sistemas“, Hong Kong tem um “elevado grau de autonomia como uma região administrativa especial em todas as áreas, exceto a defesa e política externa.” A declaração estipula que a região mantenha seu sistema econômico capitalista e garante os direitos e as liberdades de sua população por, pelo menos, 50 anos após a entrega de 1997. As garantias sobre a autonomia do território e os direitos individuais e liberdades estão consagrados na Constituição, a Lei Básica de Hong Kong, que descreve o sistema de governo da Região Administrativa Especial Hong Kong, mas que está sujeita à interpretação do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (CPCNP).

Os principais pilares do governo são os Conselhos Executivo e Legislativo, os serviço civis e o Judiciário. O Conselho Executivo é dirigido pelo Chefe do Executivo que é eleito por sufrágio indireto pela Comissão Eleitoral e, em seguida, nomeado pelo Governo Popular Central. O serviço civil é um órgão politicamente neutro, que implementa políticas e fornece serviços de governo. O Conselho Legislativo tem 70 membros, metade das quais são diretamente eleitos por sufrágio universal, por todos os residentes permanentes de Hong Kong que sejam adultos, de acordo com o local do seu domicílio nas cinco circunscrições geográficas. A outra metade é eleita por sufrágio indireto, por circunscrições funcionais, isto é, por grupos restritos de pessoas individuais e/ou coletivas (ex: empresas, associações ou organizações locais) que pertençam ou representam os interesses de determinados sectores sócio-econômicos considerados importantes de Hong Kong. O Conselho é presidido pelo Presidente do Conselho Legislativo, que serve como porta-voz. Os juízes são nomeados pelo Chefe do Executivo sobre a recomendação de uma comissão independente.

Divisões administrativas

Novos Territórios Ilhas Kwai Tsing Norte Sai Kung Sha Tin Tai Po Tsuen Wan Tuen Mun Yuen Long Kowloon Cidade de Kowloon Kwun Tong Sham Shui Po Wong Tai Sin Yau Tsim Mong Hong Kong Island Central e Ocidental Oriental Sul Wan Chai Ilhas Islands Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Ilhas Kwai Tsing Norte Sai Kung Sai Kung Sai Kung Sai Kung Sai Kung Sai Kung Sai Kung Sha Tin Tai Po Tai Po Tai Po Tai Po Tai Po Tai Po Tsuen Wan Tsuen Wan Tsuen Wan Tuen Mun Tuen Mun Tuen Mun Tuen Mun Yuen Long Kowloon City Kwun Tong Sham Shui Po Wong Tai Sin Yau Tsim Mong Central e Ocidental Oriental Sul Sul Wan Chai
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Estatística

Hong Kong consiste de 18 distritos administrativos:

  1. Ilhas
  2. Kwai Tsing (Kwai Chung e Tsing Yi)
  3. Norte
  4. Sai Kung
  5. Sha Tin
  6. Tai Po
  7. Tsuen Wan
  8. Tuen Mun
  9. Yuen Long
  10. Cidade de Kowloon
  11. Kwun Tong
  12. Sham Shui Po
  13. Wong Tai Sin
  14. Yau Tsim Mong (Yau Ma TeiTsim Sha Tsui e Mong Kok)
  15. Central e Ocidental
  16. Oriental
  17. Sul
  18. Wan Chai

Os distritos surgiram a partir de 1999 como unidades de gestão locais de Hong Kong.

Economia

Segundo o Banco Mundial, a economia de Hong Kong é a 30ª do mundo. Hong Kong possui a economia menos restrita do mundo e é basicamente livre de taxas. É a 10ª maior entidade de comércio e o 11º maiorcentro bancário do mundo. A presença dominante do comércio mundial está refletida no número de consulados localizados no território: em junho de 2005, Hong Kong possuía 107 consulados e consulados-gerais, mais do que qualquer outra cidade no mundo. Nova Iorque, sede das Nações Unidas, possui 93 consulados.

O objetivo da política monetária de Hong Kong é manter a estabilidade da moeda. Dada a natureza da economia, fortemente orientada ao mercado externo, esse objetivo foi definido como um valor externo estável para o dólar de Hong Kong em termos de uma taxa de câmbio contra o dólar americano em HK$ 7,80 por US$ 1,00 até 2005, quando foi autorizado a flutuar entre HK$ 7,75 e HK$ 7,85.

Hong Kong possui recursos naturais limitados e maioria da comida e materiais brutos são importados. De fato, as importações e exportações (incluindo re-exportações) excedem o PIB de Hong Kong. Hong Kong possui várias ligações comerciais e investimentos com a República Popular da China que já existiam até mesmo antes de 1º de julho de 1997. Essas ligações permitem que Hong Kong seja o agente central entre a República da China em Taiwan e a República Popular da China, no continente. O setor de serviços representou 86,5% do PIB em 2001. O território, com um setor bancário altamente sofisticado e boas ligações de comunicação, é sede de muitas empresas multinacionais na Ásia.

Com o PIB per capita nominal a US$ 24 080 em 2004, o número é um tanto menor que a média das quatro maiores economias da Europa Ocidental. No entanto, estaria em 11º lugar em termos de PIB per capita (base PPC) no mundo (US$ 32 292), que é mais alto que o do Japão (US$ 31 384), tornando Hong Kong um dos territórios mais ricos da Ásia.

O crescimento ficou com a alta média de 8,9% por ano em termos reais na década de 1970 e 7,2% por ano na década de 1980. Enquanto a economia direcionava-se mais para o setor de serviços (atualmente a manufatura é apenas 4% do PIB), o crescimento desacelerava para 2,7 por ano na década de 1990, incluindo uma queda de 5,3% em 1998, devido ao impacto da crise financeira asiática na demanda na região. O crescimento desde 2000 vem se mantendo numa média de 5,2% por ano no meio de forte deflação.

A economia logo voltou ao normal, mas teve outra grande queda em 2002, com a epidemia de SARS, reduzindo o crescimento no ano para 2,3%. No final de 2003, o alívio nas restrições de viagem impostas pela República Popular da China para Hong Kong fizeram com que o turismo crescesse e além disso, o retorno da confiança dos consumidores e crescimento sólido nas exportações fizeram com o crescimento aumentasse novamente, registrando uma média de 6,5% no primeiro semestre de 2005.

Para aumentar a cooperação econômica entre Hong Kong e a China continental, o Esquema de Visita Individual começou em 28 de julho de 2003, permitindo que viajantes de algumas cidades da China continental possam visitar Hong Kong sem o acompanhamento de um grupo de turistas. Como resultado, a indústria de turismo em Hong Kong teve um enorme crescimento devido ao aumento exponencial no número de visitantes vindos do continente. Com a abertura do Hong Kong Disneyland Resort, o aumento foi ainda maior.

Hong Kong faz parte do tratado internacional chamado APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Junto com Coreia do SulSingapura e Taiwan, a rápida industrialização de Hong Kong fez com que a região ganhasse seu lugar como um dos quatro tigres asiáticos.

Panorama do norte da Ilha de Hong Kong à noite.

Cultura

Hong Kong é um reconhecido centro mundial do comércio, e se autodenomina um “centro de entretenimento”. Suas artes marciais gênero de filme ganhou um alto nível de popularidade nos anos 1960 e 1970. Diversos executantes e artistas marciais têm originado de Hong Kong, nomeadamente Bruce LeeJackie ChanChow Yun-Fat e Yuen Woo-ping. Uma série de filmes e marketings também alcançaram fama em Hollywood, como John Woo, Wong Kar-wai e Stephen Chow. Homegrown filmes como Chungking Express, Infernal Affairs, Shaolin Soccer, Rumble in the Bronx e In the Mood for Loveganharam reconhecimento internacional. Hong Kong é o centro de música pop, que chama a sua influência de outras formas de música chinesa e gêneros ocidentais, e tem uma base de fãs multinacionais.

Hong Kong tem uma radiodifusão terrestre licenciada – TVB. Esta emissora tem cerca de 11 canais digitais, sendo 1 em inglês e o restante em chinês, a maioria em cantonês e alguns em mandarim. Existem três locais e um número de fornecedores estrangeiros de serviços de cabo e satélite. A produção de dramas de Hong Kong, de séries de comédia e de variedades atingem o público em todo o mundo de língua chinesa. Editores de jornais em Hong Kong distribuem e imprimem revista e jornais tanto em chinês quanto em inglês, com um foco no sensacionalismo e fofocas sobre celebridades. Os meios de comunicação são relativamente livres da interferência oficial em comparação com a China continental, embora a Far Eastern Economic Review aponte para os sinais de autocensura por jornais cujos donos têm ligações estreitas com ou interesses comerciais da China, mas afirmam que até mesmo meios de comunicação ocidentais não estão imunes ao crescente poder econômico chinês.

Hong Kong oferece uma variedade de oportunidades de lazer e esporte competitivo apesar de sua superfície terrestre limitada. Envia delegações separadas da China Continental, aos principais eventos desportivos do mundo, e foi palco das provas de hipismo durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2008. Existem grandes espaços de multiuso como Coliseu de Hong KongMacPherson e Stadium. O terreno íngreme de Hong Kong o torna ideal para caminhadas, com vistas amplas sobre o território e sua costa rochosa oferece muitas praias para a natação.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hong_Kong

NOTA: Ao pesquisar algo sobre Hong Kong, encontrei este material escrito por uma brasileira residente no local. Excelente, que reproduzo abaixo e que, entendo eu, complementa o assunto.

Hong Kong é um país ou faz parte da China?

Por Ana Paula Macklin

Essa pergunta sempre surge e as respostas são sempre diferentes.

Hong Kong pertenceu à Inglaterra do século 19 ate 1997, quando enfim retornou ao governo chinês sob o acordo de “um país, dois sistemas”. Portanto, teoricamente, Hong Kong e um país independente. Inclusive uma curiosidade: os chineses precisam de visto para entrar em HK e vice versa.

Acho que por geograficamente ser do lado da China e pela população ser de chineses, os turistas em geral ficam na dúvida se Hong Kong é um país separado. Outras pessoas ficam na dúvida porque não precisam de visto de entrada em HK, porém precisam na China (brasileiro é isento de visto para HK, porém necessita de visto para entrar em território chinês).

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Teoricamente, faz parte da China, mas na prática nada tem a ver com o governo chinês. Pelo contrário, é capitalista até demais.

O país funciona com suas próprias leis e governo próprio. A moeda oficial é o dólar de Hong Kong (diferente do RMB da mãe China) e a língua oficial são duas: inglês (mostrando a influência inglesa que ainda é forte) e chinês. Um bom exemplo de como as coisas funcionam hoje em dia é falar da “Revolução dos Guarda-Chuvas” que aconteceu aqui em 2014 e ganhou as manchetes dos principais jornais pelo mundo.

O que aconteceu foi basicamente a China falando que HK poderia ter seu próprio governo, porém o governo chinês iria decidir quem seriam os políticos. Desde quando isso é democracia?

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Foi então que começaram os protestos e mais de um milhão de pessoas foram às ruas usando guarda-chuvas (proteção contra spray de pimenta jogado pela polícia) para lutar pela liberdade e democracia.

Como é Hong Kong

Sou suspeita porque sou apaixonada por essa cidade onde você tem montanhas, a cidade grande, lojas caras e shopping de rua, praias, cachoeiras e trilhas… Tudo em um só lugar. Famosa pelos prédios altos, ou melhor altíssimos… Super populosa e com uma cultura única.

Aqui você come noodles no café da manhã, vai ao dim sum no almoço e à tarde toma um tradicional chá inglês, tudo no mesmo bairro. Você entra num táxi e o motorista fala um inglês melhor que o seu, e vai a uma loja de grife cara onde a única língua falada e o cantonês.

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São muitas culturas em um só território.

Viver aqui é fácil, difícil e arcar com um dos metros quadrados mais caros do mundo.

Mas como reclamar de um lugar onde a saúde funciona e de graça, o imposto de renda e de 15% e violência é quase inexistente?

Parece que foi ontem que meu marido recebeu o convite de vir transferido pelo trabalho dos EUA para o outro lado do mundo. Com medo, ele me contou e ficou apreensivo com o que eu poderia falar ou achar da ideia. Para o alívio dele, lembro que minha primeira reação foi:  “Quando vamos?”

Aos poucos fui descobrindo como é Hong Kong e como seria viver numa cidade com mais de 7 milhões de habitantes distribuídos num espaço que é menor que a cidade do Rio de Janeiro.

Não vou mentir, a adaptação não foi fácil com dois cachorros e dois adultos num espaço menor que a minha sala de estar nos EUA. Mas com um bom “jeitinho brasileiro” tudo deu e está dando certo.

https://www.brasileiraspelomundo.com/hong-kong-e-um-pais-ou-faz-parte-da-china-090814830

 

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