Analisando História e Crença do Hinduísmo

Originada na Índia. Fala-se que uma das cidades mais antigas encontra-se nesse país, a cidade de Veranasi. Não existe um fundador do Hinduísmo. É um conjunto de crenças e tradições que envolvem mitos e história que se entrelaçam. É um verdadeiro panteão de deuses. Estima-se 360 milhões deles. O corpo doutrinário do hinduísmo é pai de todo movimento espiritualista e esotérico no mundo. A reencarnação e o carma são a pedra principal, conhecida como Sansara. O alvo da salvação é matar o ego, submeter-se a um guru, observar as práticas religiosas para poder ser liberto do ciclo interminável de Sansaras, ser absolvido pelo cosmos (que é Deus) e chegar à salvação. Não precisando mais reencarnar. A visão de Deus nessa religião é Panteísta: deus é tudo e tudo é deus. Apesar de que nem todas as seitas hindus observem Deus como um ser impessoal, como no caso do movimento Hare Krishna. Estima-se que mais de 800 milhões de pessoas sigam o hinduísmo.

ESCRITURAS HINDUS

Toda ramificação religiosa tem uma “suposta” fonte de autoridade. O hinduísmo não foge a essa regra. Apesar de seu corpo doutrinário ser uma babel indecifrável, chegando, em muitos momentos a entrar em contradição. As escrituras hindus são chamadas de Vedas. As últimas partes dos vedas são chamadas de Upanixades e aponta para os objetivos dos vedas. Prabhavananda (apud Geisler, 2002, p. 383) menciona que “o autor e data dos upanixades são desconhecidos. Consistem nas experiências registradas de sábios hindus”. Além desses, a mahabaratha e a Bagavad-Gita formam a base do hinduísmo.

CONCEITO HINDU DE DEUS

Conforme o hinduísmo tradicional, só Deus existe (Brahman). Segundo eles, Deus é: infinito, imortal, imperecível, impessoal, onipresente, supremo, imutável, absoluto e indivisivel, mas também nada disso (GEISLER, 2002, p. 383). Nada pode realmente ser dito ou pensado sobre Deus. Sankara, um filosofo hindu, confirma essa idéia, quando comenta os upanixades: “[…] seu nome é silêncio” (PRABHAVANANDA, apud GEISLER, 2002, P. 383).

CONCEITO HINDU SOBRE O MUNDO

O mundo é maya. Apenas uma ilusão. O mundo que vemos, ouvimos, tocamos, degustamos e cheiramos não existe realmente.

CONCEITO HINDU SOBRE ÉTICA 

O alvo a ser alcançado é ir além do conceito de bem e mal. Quando uma pessoa se une a Brahman, ela não será mais perturbada por pensamentos como “fiz uma coisa ruim” ou “fiz uma coisa boa”. Pois ir além do bem e do mal é não se preocupar mais com o que foi feito. Na Bhagavad-Gita, ocorre um longo diálogo entre Krishna e Arjuna. Arjuna fala com Krishna sobre sua relutância em lutar contra um povo no meio do qual tem muitos amigos. Ele pergunta a Krishna como poderia ser justificado o assassinato de seus amigos. Krishna diz a Arjuna que ele precisa se libertar dos frutos de suas ações, não importa quais sejam, com as seguintes palavras: “aquele cuja mente se encontra longe de qualquer vinculo, não corrompido pelo ego, nenhuma ação o limitará com qualquer grilhão: mesmo que assassine esses milhares não será assassino” (BHAGAVAD-GITA, apud GEISLER, 2002, p. 384). O caminho para essa libertação seria a Yoga. O hinduísmo aceita o universalismo em sua soteriologia.

PRINCIPAIS SEITAS

O hinduísmo não teria uma força missionária a não ser por suas seitas. A principal organização missionária é a Vishwa Hindu Parishad. Mas, a maior projeção hindu no ocidente se deu por duas seitas principais: O Movimento Hare Krishna e a Meditação Transcendental. A primeira surge no século 15 com Chaitanya Mahaprabhu e é popularizada e introduzida no ocidente por Prabhupada a partir de A interpretação dessa seita é nova, onde Krishna seria o deus principal do panteão hindu. O principal periódico dessa seita é o Back to Godhead. (MCDOWELL & STEWART, 2008, p. 41).

http://www.cacp.org.br/janela-1040-hinduismo-budismo-e-islamismo/

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