A Cristianização da psicologia

Algumas pessoas, na intenção de aproximar a Psicologia do Cristianismo, tentam cristianizar a Psicologia, buscando interpretar conceitos bíblicos à luz das teorias psicológicas. Uma questão definitivamente presente nessas teorias – o que não é peculiar apenas à Psicologia, mas também a outras ciências – é o evolucionismo e a descrença em Deus.

       Alguns teóricos como Sigismund Schlomo Freud (1856-1939) – o pai da psicanálise – consideravam a religião como uma ilusão e a principal causa dos problemas humanos. Humanistas como Carl  Ransom Rogers (1902-1987) e Abraham Harold Maslow (1908-1970), na tentativa de valorizar o ser humano mostrando sua necessidade de amor próprio e alto estima, colocam o homem, como o valor supremo do universo e o único capaz de resolver os seus próprios problemas.

       Carl Gustag Jung (1875-1961), por exemplo, conhecido por fundar a Psicologia analítica, entrava em conflito com o seu pai, Johann Paul Achilles Jung (1842-96), um  pastor fervoroso da Igreja Reformada Suíça, cuja fé incondicional o filho não compreendia.

       Jung questionava os dogmas protestantes, não aceitando os princípios ensinados por seu pai. Isso fez ele aprofundar-se nos estudos religiosos e a tentar aliar religião e ciência, o que culminou na sua formação em psiquiatria, a qual unia a natureza (ciência) e a alma (psique). Suas teorias são baseadas nas suas experiências místicas que obteve por meio de sonhos periódicos e visões com notáveis características mitológicas e religiosas, os quais despertaram o seu interesse por mitos, sonhos e a Psicologia da religião.

       Aceitar as teorias psicológicas sem antes passá-las por um crivo bíblico é um grande erro que pode ocasionar em sérios problemas. Não podemos vender a idéia de que a Psicologia pode ser integrada à Bíblia. Temos que compreender que existem aspectos em que a Psicologia e a Bíblia estão fundamentalmente em oposição uma à outra. Por isso, não podemos fazer de nenhuma dessas teorias um referencial teórico no qual nos baseamos ou seguimos.

       Como cristãos, devemos ter uma visão mais eclética da Psicologia, buscando conceitos ou pressupostos que não contradizem a Palavra de Deus. O apóstolo Paulo escreveu: “Examinai tudo. Retende o bem” (1ªTs 5:21).

Psicologia Pastoral – A Ciência do Conhecimento Humano como Aliada Ministerial

Jamiel de Oliveira Lopes – CPAD

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