Fatores hereditários

       Existem provas evidentes do papel da constituição genética na determinação da personalidade, principalmente quando se refere aos aspectos temperamentais da personalidade.

       Gesell (1977) e seus companheiros fizeram um estudo com crianças, observando as características emocionais e a sua duração. Após a observação sistemática de um grande número de crianças desde a mais tenra infância, constatou-se que havia fortes indicações de que características temperamentais, tais como dispêndio de energia e expressão emocional, permaneciam razoavelmente constantes, confirmando-se a hipótese de que há aspectos da personalidade que são inatos, ou seja, o indivíduo traz consigo ao nascer.

       Depois da descoberta da estrutura do DNA pelo americano James Watson e pelo inglês Francis Crick em 1953 até o mapeamento completo do genoma humano em 2003, aumentou-se o interesse por estudos sobre as origens biológicas da personalidade. Hoje, sabe-se que os comportamentos dependem da interação entre fatores genéticos e ambientais. 

       Estudos mais recentes comprovam que a existências de influências dos hábitos e do estilo de vida de cada um na ação dos genes são muito maiores do que se pensava antes. Esses estudos apontam, inclusive, que pessoas com genes associados à depressão têm maior probabilidade de desenvolver a doença se forem expostas a eventos traumáticos durante a vida. As questões vivenciais são fatores preponderantes no desencadeamento desses problemas.

A descoberta da estrutura do DNA por James Watson e Francis Crick, em 1953, e a divulgação do Projeto Genoma Humano, em 2000, abriram as portas para uma compreensão sem procedentes das raízes biológicas da personalidade. As revelações de que a genética pode influenciar comportamentos mudam a visão das pessoas sobre questões filosóficas e do cotidiano. “A idéia de que os  bebes vêm ao mundo sem características inatas multiplica a angústia dos pais que dão aos filhos uma educação adequada e eles não correspondem às suas expectativas. Na verdade, muitas coisas não dependem dos pais, e sim da natureza”, diz Steven Pinker. O biológo Richards Dawkins, da Universidade de Oxford, e autor de o Gene Egoísta, vai além. “A genética do comportamento mudará muita coisa. Se partirmos do pressuposto de que nossa mente é regida por algo além dos conceitos éticos e morais aprendidos, como punir um assassino?”, ele questiona. “Quando um computador não funciona, em vez de puni-lo, nós o concertamos.” (Psiqweb 2015)”.

       Estudos desenvolvidos na década de 1970 com gêmeos, incluindo filhos biológicos e adotivos, apontaram que os filhos adotados são mais parecidos com seus pais biológicos do que com os dos pais adotivos.Estes mesmos estudos mostraram que gêmeos idênticos exibem aspectos da personalidade semelhantes.

Bibliografia:

Psicologia Pastoral

Jamiel de Oliveira Lopes

CPAD

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