Jesus e os relacionamentos interpessoais

As relações interpessoais no ministério do Senhor é um dos temas que merecem uma atenção especial, pelo menos por duas razões: a primeira diz respeito às dificuldades muito comuns que as pessoas encontram para criarem, desenvolverem e manterem relacionamentos saudáveis e significativos. A segunda pode ser justificada por uma tendência adotada por alguns cristãos de se privarem do relacionamento com pessoas fora da comunidade cristã, sob o pretexto de que não podemos ter comunhão com aqueles que não são cristãos ou que professam outra religião. Esta meditação tem por finalidade abordar o relacionamento interpessoal tomando como base a vida do Senhor Jesus, o qual foi um modelo na maneira como lidava com as pessoas de todos os tipos e nas mais diferentes situações.

Em sua missão Jesus enfatizou o amor de Deus pelo homem perdido. E a prática deste amor se dá por meio dos relacionamentos. Por esta razão o Verbo Eterno assumiu a forma humana através de sua encarnação, e habitou entre nós (Jo. 1:14). Em Jesus estão presentes alguns princípios que nos ajudam a estabelecer relacionamentos verdadeiros. Além do amor mencionado acima destacaremos ainda outros dois: a empatia e a acessibilidade.

Empatia – Empatia é um termo que significa a habilidade psicológica que possibilita uma pessoa a compreender os sentimentos e as emoções experimentados por outro indivíduo. É a capacidade de sentir o que o outro sentiria, caso estivesse vivenciando a mesma situação. Esta palavra não aparece na bíblia. No entanto, encontramos o termo compaixão que tem significado semelhante “sofrer com”. Os evangelhos demonstram abundantemente esta virtude na pessoa do Senhor. Ao deparar-se com o enterro do filho da viúva Ele “moveu-se de íntima compaixão” (Lc. 7:11-15); ao sentir a dor de um pai em aflição com o filho à beira da morte o Senhor declarou: “vai, teu filho vive” (Jo. 4:50). O autor aos Hebreus lembrou aos seus leitores que Jesus, como nosso Sumo Sacerdote celestial, “compadece-se das nossas fraquezas” ou “não é insensível à nossa fraqueza” ( Hb. 4:15).

Era acessível às pessoas – embora fosse um líder profundamente ocupado com a missão do Reino de Deus como vimos em outra lição, Jesus sempre se mostrou acessível. Qualquer indivíduo, indistintamente, podia se achegar à sua presença e desfrutar de momentos de conversação com Jesus: a mulher samaritana (Jo. 4), Zaqueu, o publicano (Lc. 19:1-10), crianças conduzidas à sua presença (Mt. 19:13); uma mulher siro fenícia (Mt. 15:21-28), Nicodemos, o líder religioso (Jo. 3:1-21), a mulher com o fluxo de sangue (Lc. 8:44), são alguns exemplos de como o Senhor, em suas relações sociais, mantinha as pontes de acesso à sua pessoa.

Concluindo, relacionar-se faz parte da dinâmica da vida. É uma impossibilidade pensar na vida à parte dos relacionamentos interpessoais. O Senhor ao nos criar nos fez seres sociáveis, com a capacidade de interagirmos com o nosso próximo e de estabelecermos relacionamentos relevantes. A pessoa que evita relacionar-se socialmente se insurge contra a sabedoria divina, e fica privada das bênçãos da interação social. O próprio Deus, em sua Trindade, nos mostra a importância deste tema, dando-nos um modelo de relacionamento interpessoal. Em sua encarnação o Senhor evidenciou princípios eficazes que nos ajudam a estabelecer e manter relacionamentos construtivos. Portanto, devemos ser gratos ao Senhor por nos proporcionar os amigos e as pessoas que estão a nossa volta, e que tornam significativas a nossa vida e a nossa existência.

Que seu dia seja abençoado pelo Senhor! Que você seja uma bênção!

Pr. Manoel Antonio
Pastor da Segunda Igreja Congregacional de Campina Grande-PB

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