Celebrando os 500 anos da Reforma Protestante

Igrejas comemoram 500 anos da Reforma Protestante

Igrejas cristãs de todo o mundo comemoram no dia 31 de outubro os 500 anos da reforma. No Rio, mais de 15 mil pessoas celebraram.

Fieis de todo o mundo começaram a comemorar os 500 anos da Reforma Protestante. Neste sábado (28), igrejas de várias partes do Brasil participaram de celebrações.

O Parque Olímpico, no Rio, se tornou local de orações para mais de 15 mil pessoas. Os fiéis da Igreja Presbiteriana do Brasil lotaram as arenas numa celebração especial: os 500 anos da Reforma Protestante no mundo.

Em 31 de outubro de 1517, o alemão Martinho Lutero, ex-monge católico, apresentou 95 teses ou propostas de mudanças na Igreja. O reformismo de Lutero acabou criando o Protestantismo, com seguidores espalhados pelo mundo.

“Martin Lutero levou o homem a pensar na sua pequenez diante das coisas e ao mesmo tempo da grandiosidade como ser criado por Deus e Deus é o centro de todas as coias para nós”, afirma o reverendo Roberto Brasileiro, presidente do concílio da Igreja Presbiteriana.

Um dos lugares mais importantes e significativos para os protestantes brasileiros é onde hoje é a Ilha de Vilegnhol. Foi lá, onde funciona a escola Naval do Rio, onde aconteceu o primeiro culto protestante no Brasil em 1557. E ele ficou eternizado por um memorial.

Ação Social

Os organizadores também pretendem arrecadar algumas toneladas de alimentos não perecíveis, um quilo de cada participante, que serão distribuídos às instituições beneficentes no Estado.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, já confirmou sua presença, bem como outras autoridades do município e do estado.

Reforma Protestante

Foi um movimento reformista da Igreja Cristã, que alcançou seu ápice no início do século XVI, por Matinho Lutero, quando fixou suas 95 teses, em 31 de outubro de 1517, na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, protestando contra diversos pontos da Igreja Católica e propondo uma reforma.

Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus, provocando uma revolução religiosa, social e política que se iniciou na Alemanha e estendeu-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria.

Ao longo dos anos, a Reforma Protestante provocou transformações profundas na visão de mundo e da sociedade, cujas reverberações ainda se manifestam na sociedade atual.

Não há como negar a influência da reforma em nosso século. Qualquer livro de história que aborde o tema: idade média, tem obrigatoriamente a necessidade de discorrer sobre um dos principais marcos dessa época que veio a ser conhecido como “A Reforma Protestante”, liderada pelo monge agostiniano Martinho Lutero. Todavia, apesar de tão velho (quase 500 anos) ainda é um tema vivo em debate hoje em dia.

Mas o que venha a ser “A Reforma Protestante” ? Por que começou ? Quais foram as suas principais causas? Quem foram seus líderes ? Não pretendendo ser prolixos ao analisarmos este assunto, mesmo porque, existem livros abalizados para tratar de forma exaustiva desse tema, desejamos dar apenas uma sinopse do mesmo.

UMA ÉPOCA PARA REFORMAS

Antes de adentrarmos ao tema proposto, vamos acentuar as razões que levaram à causa.

Os historiógrafos mostram que ao fim da idade média os fundamentos do velho mundo estavam ruindo. Houve várias transformações nessa época, mesmo antes, cuja importância não podem ser alienadas do pano de fundo histórico da reforma. As mudanças foram cada vez mais acentuadas com as descobertas de novos mundos por Colombo e Cabral . A ideia de um estado universal foi cedendo lugar ao conceito de nação-estado. Com a formação das cidades, a economia comercial tomou lugar da feudal. Isso teve consequências sociais, pois o estilo de vida das pessoas começou a ascender formando uma classe média forte – a burguesia. Também no campo da cultura e da arte com o surgimento do Renascimento as transformações intelectuais fizeram com que o protestantismo encontrasse apoio para seu desenvolvimento. Urge rememorar que todas essas mudanças afetavam direta ou indiretamente a Igreja Católica Romana. Mas nenhuma delas talvez, se fez sentir mais, do que as que ocorreram no campo religioso.

ANTECEDENTES DA REFORMA

É claro que de acordo com os pressupostos históricos que o historiador vier aplicar na interpretação da reforma, irá determinar a sua causa. Assim, temos várias correntes e escolas pelas quais os historiadores farão sua análise crítica da reforma de maneira puramente racionalista secular, tais como aquelas que só veem as causas da reforma nos fatores político-sociais, outros no fator da economia e outros ainda veem a reforma puramente como produto do intelectualismo. Entretanto, uma cosmovisão puramente racionalista tende a distorcer a definição e dar razões incompletas e deficientes à verdadeira origem da reforma. Ora, se analisarmos o assunto somente sob a ótica religiosa, ignorando a corroboração de todos esses fatores seculares e o impacto que tiveram sobre o movimento reformista é tão errado quanto analisar a reforma sem levar em conta a sua principal causa, qual seja, a religiosa. Na verdade, a reforma protestante nada mais é do que o cumprimento de um clamor por mudança religiosa, ainda que de maneira esporádica através dos anos anteriores à própria origem da reforma.

Vejamos então:

Nas últimas décadas da Idade Média, a igreja ocidental viveu um período de decadência que favoreceu o desenvolvimento do grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices. O surgimento do “conciliarismo” – doutrina decorrente do cisma, que subordinava a autoridade do papa à comunidade dos fiéis representada pelo concílio – bem como o nepotismo e a imoralidade de alguns pontífices demonstraram a necessidade de uma reforma radical no seio da igreja. Por outro lado, já haviam surgido no interior da igreja movimentos reformistas que pregavam uma vida cristã mais consentânea com o Evangelho. No século XIII surgiram as ordens mendicantes, com a figura de são Francisco de Assis. Outros movimentos reformistas surgiram em aberta oposição à hierarquia eclesiástica. No século XII os valdenses, conhecidos como “os pobres de Lyon” ou “os pobres de Cristo”, questionaram a autoridade eclesiástica, o purgatório e as indulgências. Os cátaros ou albigenses defenderam nos séculos XII e XIII um ascetismo exacerbado, considerando a si mesmos os únicos puros e perfeitos. Os Petrobrussianos rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres. No século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe defendeu ideias que seriam reconhecidas pelo movimento protestante, como a posse do mundo por Deus, a secularização dos bens eclesiásticos, o fortalecimento do poder temporal do rei como vigário de Cristo e a negação da presença corpórea de Cristo na eucaristia. As ideias de Wycliffe exerceram influência sobre o reformador tcheco João Huss e seus seguidores no território da Boêmia, os hussitas e os taboritas, nos séculos XIV e XV. Entre essas vozes protestantes estava também a do monge dominicano Girolamo Savanarola o qual, a mando do papa, foi preso, torturado e enforcado.

Em posição intermediária entre a fidelidade e a crítica à igreja romana situou-se Erasmo de Rotterdam. Seu profundo humanismo, conciliatório e radicalmente oposto à violência, embora não isento de ambiguidade, levou-o a dar passos importantes em direção à Reforma, como a tradução latina do Novo Testamento, afastando-se da versão oficial da Vulgata; ou a sátira contra o papa Júlio II, de 1513.

O ESTOPIM PARA A REFORMA

A faísca veio em 1517, ocasião em que a campanha das indulgências para a basílica de São Pedro em Roma estava a todo vapor. Tetzel um padre dominicano, pregava sobre as indulgências com grande exibicionismo: diz que cada vez que cai a moeda na bolsa do frade, uma alma sai do purgatório.

Diante disso, Lutero resolveu protestar fixando suas 95 teses condenando o uso das indulgências. A resposta do papa Leão X, veio na bula “Exsurge Domine” ameaçando Lutero de excomunhão. Mas já era tarde demais pois as teses de Lutero já haviam sido distribuídas por toda a Alemanha. Lutero então foi chamado a comparecer a dieta de Worms para se retratar. Porém respondeu ele que não poderia se retratar de nada do que disse. Foi na dieta de Spira em 1529 que os cristãos reformistas foram apelidados pela primeira vez de “protestantes”, devido ao protesto que os príncipes alemães fez ante o autoritarismo do catolicismo.

Nessa época, os ideais da reforma já estavam estourando em diversas partes como em Zurique sob o comando de Zuinglio, na França sob a liderança de Calvino e nos países baixos.

Em todos estes países houve perseguição aos reformadores e aos novos protestantes. A perseguição veio se intensificar ainda mais com a chamada “Contra Reforma” promovida pelo catolicismo, como método de represália. O movimento de reforma foi seguido de cem anos de guerras religiosas dos reis católicos contra os protestantes. Mas a reforma prosperou pois não era obra de homem mas de Deus! Igrejas protestantes foram fundadas em todas as partes do mundo. Hoje graças a Deus, uma grande parcela da população Ocidental é protestante. E o Brasil caminha a passos largos para ser conquistado totalmente pelo protestantismo.

REFORMADORES

Martinho Lutero: Nasceu na cidade Eisleben, em 10 de Novembro de 1483. Veio de uma família humilde, seus pais Hans Luther e sua mãe Margarete Ziegler Luther eram camponeses. Teve uma próspera carreira acadêmica: foi ordenado sacerdote em 1507 entrando na ordem agostiniana, estudou filosofia na Universidade de Erfurt, doutorou-se em teologia e lecionou como professor em Wittemberg. Também recebeu o grau de mestre em artes. Lutero deixou oficialmente a igreja romana em 1521.

Huldreich Zwinglio: Nasceu em 1484 no povoado de Wildhaus, da família de fazendeiros, Zwinglio, recebeu o grau de bacharel em artes estudando nas Universidades de Viena e Basiléia. Antes disso, havia se tornado sacerdote católico onde Glarus foi sua primeira paróquia. Por volta de 1519, já sob a influencia dos escritos de Erasmo e Lutero, começou a pregar em Zurique, contra certos abusos da Igreja Católica e logo em seguida a deixou, convertendo-se.

João Calvino: Nasceu em 1509 na cidade francesa de Nóyon na Picardia. Seu pai era cidadão abastado e por isso se valeu do benefício de estudar na Universidade de Paris. Depois foi estudar advocacia na Universidade de Orleans e em Bourgs. Calvino converteu-se às ideias reformadas em 1533. Foi forçado a abandonar a França por colaborar com a reforma, instalando-se em Basiléia onde terminou sua obra “As Institutas da Religião Cristã”.

João Knox: (1515-72) era padre escocês, cerca de 1540, começou a pregar ideias da Reforma. Em 1547 foi preso pelo exercito Francês e mandado para a França. Passou por Genebra onde absorveu de modo completo a doutrina de Calvino. Em 1559 voltou a Escócia para liderar um movimento de Reforma Nacional.

Esses e muitos outros servem de exemplo para o povo de Deus!

por Pr. João Flávio Martinez

COMEMORAÇÃO 500 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE 2017

ORGANIZAÇÃO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

       Há 500 anos, o mundo religioso foi abalado pelo monge Martinho Lutero ao afixar 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg na Alemanha.

Até aquele momento da história, somente as lideranças eclesiásticas e os nobres tinham acesso às Sagradas Escrituras, e em latim. A Bíblia era exclusiva de uma minoria e a fé era usada como instrumento de manipulação. Além de discordar da postura adotada pela liderança da igreja romana, o movimento iniciado por Lutero defendia, além da liberdade individual para a interpretação dos textos bíblicos, que cada pessoa deveria ter o texto sagrado em seu próprio idioma.

      Lutero enfatizava que os homens não são justificados pelas obras, mas sim pela fé em Cristo. Também sempre asseverou que a Bíblia é infalível por ser inspirada pelo Espírito Santo.

       Por isso o legado da Reforma Protestante é a centralidade e a soberania da Palavra de Deus, a salvação pela fé na obra expiatória de Cristo e a graça em nosso Senhor Jesus.

       A luta de Martinho Lutero não foi nada fácil, mas graças ao movimento que ele iniciou, os protestantes se tornaram aceitos e respeitados em todo o mundo.

       No Brasil, o protestantismo está representado em 25% da população, por meio da igreja evangélica. Em 2017, as Assembleias de Deus do Brasil se unem aos protestantes de todo o mundo para render graças a Deus por este marco histórico da humanidade: os 500 anos da Reforma Protestante, cuja data oficial é 31 de outubro de 2017.

O legado da Reforma Protestante é a centralidade e a soberania da Palavra de Deus, a salvação pela fé na obra expiatória de Cristo e a graça em nosso Senhor Jesus.

http://www.germany.travel/pt/especiais/luther/lutero.html#

http://www.cacp.org.br/a-reforma-protestante/

https://www.terra.com.br/noticias/dino/rio-celebra-os-500-anos-da-reforma-protestante,77c151ed7ed53b6c6aa283afd23d5db0ljlhn36g.html

globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/10/igrejas-comemoram-500-anos-da-reforma-protestante.html

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