Um Enigma

Resposta: A que mais se aproxima da verdade.

Conclusão

“Conceitos bíblicos”

1º) 2ªCo 11:14

“E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz”.

2º)Jo 8:32

“Então conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Aplicação prática desta afirmativa

A vida cristã é um contínuo aprendizado. Faço comparação com a nossa vida comum. Primeiramente nascemos e gradativamente aprendemos a falar,  caminhar, nos alimentar, estudar e outras atividades diversas quer seja com a ajuda direta de nossos pais, pessoas a nossa volta ou sozinhos.

O caráter cristão não se adquire da noite para  o dia. Muitas das vezes é doloroso. Porém, o crescimento sadio passa por etapas. Não há como “queimar” estas etapas. Engana-se muito quem considera o contrário.

Entre estas etapas, há o conhecimento da verdade. Nós que fomos criados a imagem e semelhança de Deus, desde criança, fazemos indagações. Procuramos a verdade para fatos corriqueiros do dia a dia como para a eternidade (Ec 3:11).

Outra etapa é o revestimento do homem interior. O apóstolo São Paulo escreve aos Efésios que devemos estar revestido da toda a armadura de Deus (Ef 6:10_17). Há um motivo:

Ef 6:11, 13

“…para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”

“…para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.”

Do que consiste esta armadura?

1º) “…cingidos os vossos lombos com a verdade.”

A verdade absoluta, e não a relativa.

2º)”…e vestido da couraça da justiça”.

Retidão

3º)”… e calçados os pés na preparação do evangelho da paz.”

Isaías 52:7

“Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! “

4º)”…escudo invisível da fé.”

Rm 10:17
“Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.”

Tg 2:5

” Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?”

O escudo é arma defensiva

“…apagar os dardos inflamados do maligno”.

5º)Capacete da salvação.


Arma defensiva.

“Ter a mente de Cristo”.

6º)”…a espada do espírito, que é a palavra de Deus.”

A espada é arma defensiva e ofensiva, por isto o ato de manusear bem a palavra de Deus é fundamental na vida do cristão. Não há outro lugar melhor do que na escola dominical para se aprender a manusear bem a palavra de Deus. Os bereanos são um típico exemplo de pessoas revestidas.

At 17:11
“Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim.”

Conhecendo a armadura de Deus

Continue com a armadura! Efésios 6.

 O apóstolo Paulo usa linguagem metafórica quando orienta a igreja na defesa da fé cristã. Antes, ele revela a existência de um poder do mal que se opõe a Deus e ao seu povo, ao qual os crentes em Jesus combatem continuamente, e isto já foi visto e estudado no capítulo 2 deste livro. Os escritores bíblicos, profetas e apóstolos empregam as experiências diárias do povo nos seus discursos e ensinos como ilustrações. Visto que a economia nos tempos bíblicos se baseava principalmente na agricultura, na pecuária e na pescaria, eram essas atividades os recursos empregados no texto bíblico, que tornam o ensino e as pregações pitorescas e facilitam a compreensão da mensagem.      

       É usando o contexto militar romano que o apóstolo Paulo fala sobre o combate espiritual e por isso está presente a figura do exército, da guerra e da armadura, em uma linguagem metafórica para que os crentes compreendessem com clareza a realidade da peleja.

Partindo do genérico para o específico

        Antes de falar sobre a armadura de Deus, é importante analisar a guerra nos tempos bíblicos. Não há necessidade de explicar aqui os horrores indescritíveis da guerra; trata-se de um dos maiores desastres humanitários. Mas ela existe desde a antiguidade e ainda aflige grande parcela da humanidade. Ela aparece nas páginas do Antigo Testamento, mas sua legitimidade depende de sua motivação. A lei prescreve  normas para a guerra no capítulo 20 de Deuteronômio. O Novo Testamento não trata do assunto, pois parece manter certo distanciamento em relação ao Estado e suas instituições. O Senhor Jesus faz menção da guerra na parábola sobre o planejamento, quando cita o rei  que guerreou com outra nação (Lc 14: 31,32).

       Havia na guerra entre os antigos hebreus um caráter religioso. “Preparem as nações para lutarem contra ela” (Jr 51:27, NAA); “Preparem as nações para o combate contra ela” (NVI). O verbo hebraico usado para “preparar” é qadash, “santificar”, que transmite a idéia básica de “separar, retirar do uso comum” (Lv 10:10). A ARC emprega “santificai as nações” e a ARA, “consagrai as nações”. Preparar para a guerra era o mesmo que santificar (Sf 1:7). Era usual oferecer sacrifício antes da partida do exército para a batalha a fim de invocar proteção e vitória  (1ªSm 13:8_12; Is 13:3; Sf 1:7), pois os antigos encaravam a guerra como algo sagrado.

       Havia regra de pureza, consulta do oráculo divino, presença simbólica de Deus, intervenção divina no combate, terror divino para assombrar o inimigo e oferta dos despojos depois da vitória. Os israelitas buscavam a sanção divina antes de iniciar uma batalha (Jz 1:1; 1ªSm 23:2) e a ajuda de Deus com a sua presença  mediante a arca da aliança (1ª Sm 4:4; 14:18). Havia em Israel o serviço de inteligência, pois antes de invadir o território inimigo eram enviados espias (Nm 13:2; Js 2:1; 1ª Sm 26:4).

       A cavalaria era um elemento importante das antigas guerras do Oriente Médio (Jr 46:9; Sl 20:7; Is 43:17). A cavalaria egípcia era famosa na antiguidade (Is 31:1_3). A descrição do aparato militar dá a impressão de uma vitória certa, mas o profeta vê de antemão a derrota deles.

       A armadura romana era sem igual no mundo antigo, e a geração do Novo Testamento estava bem familiarizada com ela. O Novo Testamento mostra que os israelitas conviviam com essa realidade. João Batista aconselhou alguns soldados (Lc 3:14); talvez estes fossem de Herodes e não romanos, mas, de qualquer forma, eram militares e portavam armas. O centurião de Cafarnaum se encontrou com o Senhor Jesus (Mt 8:5_13; Lc 7:1_10). O apóstolo Paulo viajou pelo vasto mundo romano e sempre se envolveu com as autoridades romanas; Filipos, por exemplo, onde Paulo esteve preso por ocasião de sua segunda viajem missionária, era uma colônia militar romana e uma das principais cidades da Macedônia. Seus moradores se consideravam romanos (At 16:12,21). O tribuno Cláudio Lisias determinou a transferência do apóstolo Paulo de Jerusalém para Cesaréia com uma escolta de 200 soldados, 70 de cavalaria e 200 lanceiros, para que levassem o apóstolo com segurança para o governador Félix em Cesaréia: “E, chamando dois centuriões, lhes disse: aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalo, e duzentos lanceiros para irem até Cesaréia; e aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo até o governador Félix” ( At 23:23_24). E, em Roma, ele era vigiado 24 horas por dia em sua prisão domiciliar (At 28:16).

       O apóstolo Paulo emprega a figura da guerra, pois fala de armadura de Deus e em seguida usa metaforicamente diversas armas para ilustrar a proteção do cristão contra os ataques do inimigo. Qualquer pessoa do período bíblico, principalmente do Novo Testamento, conhecia a figura do soldado, e dessa forma o sistema militar aparece com frequência de forma metafórica. Essas figuras e ilustrações eram excelente recursos didáticos que aparecem na Bíblia para tornar claro e mais compreensíveis o discurso dos profetas e os ensinos apostólicos.

       Quando o apóstolo Paulo fala sobre a armadura de Deus, panoplían ton theou, em grego, está se referindo a uma armadura completa: “Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6:11). Panóplia é o nome que se dá à armadura completa do cavaleiro europeu na Idade Média e também se refere hoje a coleções de armas exibidas para decoração. Veja o capítulo 2 anteriormente, que trata desse assunto. A “armadura de Deus” é uma metáfora que o apóstolo usa para ensinar uma verdade espiritual utilizando uma linguagem militar, bem conhecida dos seus leitores originais.

       As palavras “guerra, batalha, luta, combate, peleja” aparecem na Bíblia de forma literal e metafórica. O que é uma metáfora? É uma figura de linguagem que “consiste na transferência de um termo para uma esfera de significação que não é a sua, em virtude de uma comparação implícita” (Rocha Lima), ou seja, é o emprego de uma palavra em um sentido diferente do próprio por analogia. Mas o uso metafórico dessas palavras não se restringe à Bíblia; parte da nossa vida do dia a dia para indicarmos, muitas vezes, um debate ou discussão e, também, para nos referirmos às dificuldades da vida. Mas a metáfora aqui se aplica à defesa e ao combate espiritual, à pregação e ao ensino da Palavra.

       O apóstolo Paulo não foi exaustivo ao elencar os instrumentos bélicos de sua geração. Ele mostra que Deus proveu os recursos espirituais necessários para a nossa proteção: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contras as astutas ciladas do diabo” (Ef 6:10,11). São armas espirituais à altura do inimigo que temos de enfrentar. Depois de revelar as hostes infernais contra quem devemos combater, o apóstolo descreve os elementos da armadura romana com sua explicação espiritual: “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6:14_17). Essa vívida descrição do soldado romano equipado com a armadura é uma excelente ilustração do nosso combate contra o reino das trevas.

Bibliografia:

Batalha Espiritual – O povo de Deus e a Guerra Contra as Potestades do Mal  – Livro de Apoio das Lições Bíblicas do 1ºT 2019 Adulto CPAD.

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