Cânon Bíblico

2ª Tm 3:16

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” .

Desde que o homem iniciou o processo de escrita daquilo que por Deus era ordenado, houve a necessidade de se distinguir entre o que era escrito por inspiração divina e o que era escrito meramente por vontade humana. O Espírito de Deus agia de modo a que a pessoa que estava escrevendo tivesse clara noção de que o que ela escrevia era texto autoritativo, ou seja, que estava falando em nome de Deus, logo o que era escrito, era Palavra de Deus. Da mesma forma aqueles que estavam com esta pessoa, também tinham esta noção, proveniente da mesma origem: O Espírito Santo de Deus.

Ao conjunto dos livros que foram reconhecidos como tendo sido escritos desta forma, damos o nome de cânon bíblico. A palavra cânon é proveniente da palavra grega kanwn, que significa cana, junco, bastão ou vareta. Desta forma significando algo que deve estar reto ou ser mantido reto, e assim algo que mede ou que pode ser medido. O termo veio a ser aplicado às Escrituras, para denotar que elas continham a regra autoritativa de fé e prática, o padrão de doutrina e dever. Parece ter sido Atanásio (séc. IV) o primeiro a tratar a palavra com este sentido. São, portanto chamados de canônicos os livros que foram inspirados por Deus, os quais compõem as Escrituras Sagradas.

 1. PORQUE FOI FORMADO UM CÂNON?

 Existiram cinco causas que cooperaram para tornar necessária a formação do Cânon da Bíblia.

  1. Para preservar os inscritos inspirados contra a corrupção (heresias tais como o gnosticismo, etc…). Não existia a necessidade premente de um cânon enquanto a voz dos profetas e apóstolos ainda era ouvida. Tão logo eles morreram, tornou-se necessário reunir seus livros e dessa forma preservar a mensagem ao povo, dando-lhe segurança contra a corrupção.
  2. Para evitar a adição de outros livros (Livros Apócrifos). Já haviam aparecido muitos outros livros que se diziam inspirados. Levantou-se a questão de qual era a extensão ou alcance da inspiração e fez-se necessário decidir quais eram os livros realmente inspirados.
  3. Para prevenir contra qualquer tentativa de destruir a Bíblia. Os escritos apostólicos estavam espalhados (Teologia da Tarefa).
  4. A demora da “Parousia”.
  5. Crescimento do Cristianismo no mundo.

 1.1 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE CANONIZAÇÃO

  • Processo a princípio não premeditado.
  • Processo longo.
  • Atuação do Espírito Santo orientando a seleção.
  • Princípio de Seleção.
  • Estabeleceu princípios de Seleção do Cânon.
  • Autoridade Apostólica-apostolicidade.
  • Ortodoxia (Sã doutrina dos apóstolos).
  • Antiguidade.

1.2. RAZÕES DA DEMORA DA CANONIZAÇÃO

  • Promessa da volta de Cristo.
  • Primeiros cristãos não esperavam morrer.
  • Primeiros cristãos esperavam a “parousia” breve.
  • Os apóstolos estavam vivos.
  • Coletânea.
  • Guarda.

1.3 CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO

Antes mesmo de Deus ter ordenado a Moisés que escrevesse, pela primeira vez, um memorial a respeito da vitória de seu povo sobre os amalequitas, a Palavra de Deus já circulava entre os homens sob o método da transmissão oral: “Escuta-me, mostrar-te-ei; e o que tenho visto te contarei; o que os sábios anunciaram, ouvindo-o de seus pais, e o não ocultaram…”. ( 15:17, 18)

Os Evangelhos registraram várias citações de Jesus do Antigo Testamento, comentando sobre o Gênesis, Deuteronômio, Números, 1ª Samuel, Salmos, Malaquias, Daniel, reconhecendo-os como a Palavra de Deus (Mateus 12:3; 19:4; 22:37-40).

Para se conferir a confiança que os escritores do Novo Testamento tinham do Antigo, basta conferir as centenas de citações da Lei, dos profetas e outros escritos.

Acredita-se que começando por Moisés, à proporção que os livros iam sendo escritos, eram postos no Tabernáculo, junto ao grupo de livros sagrados. Especula-se que tivesse sido Esdras quem reuniu os diversos livros e os catalogou, desse modo estabelecendo a coleção de livros inspirados por Deus. Desses originais, os copistas ou escribas fizeram cópias para uso das sinagogas largamente disseminadas. Porém a crítica não aceita a tese de que livros posteriores ao tempo do profeta figuram na Bíblia Hebraica, como é o caso do Livro de Daniel. Segundo especialistas, isso explicaria porque o Livro de Daniel não figura entre os escritos proféticos, mas nos hagiógrafos.

O prólogo da versão grega do Eclesiástico, datado em 130 a.C parece já confirmar a suspeita dos estudiosos modernos. Com efeito, nele lemos: “Pela Lei, pelos Profetas e por outros escritores que os sucederam, recebemos inúmeros ensinamentos importantes (…). Foi assim que após entregar-se particularmente ao estudo atento da Lei, dos Profetas e dos outros Escritos, transmitidos por nossos antepassados […]”.

Nota-se que o cânon indicado neste escrito considera canônicos livros posteriores ao tempo dos profetas.

As descobertas do Mar Morto e Massada mostram que entre os antigos judeus ainda não havia um cânon bíblico fixo ou instituído.

O Cânone Hebraico de 39 livros, só foi realmente fixado no Concílio de Jânia em 90. Mesmo assim estudiosos como Leonard Rost garantem que tais decisões demoraram muito para serem aceitas e até hoje não tiveram aceitação em algumas comunidades judaicas; como o caso dos judeus do Egito.

O Concílio de Jânia rejeitou todos os livros e demais escritos e considerando-os como apócrifos, ou seja, não tendo evidências de inspiração por Deus e fonte de fé, tanto quanto da verdadeira autoria. Houve muitos debates acerca da aprovação de certos livros, como Ester e Cântico dos Cânticos, conforme registro da Mishiná. A tese de que o trabalho desse Concílio foi apenas ratificar aquilo que já era aceito pela grande maioria dos judeus através dos séculos, carece de fundamento científico e é rejeitada pela majoritariamente pelos especialistas.

Até os primeiros quatro séculos, na Igreja Primitiva não havia um parecer oficial sobre o Cânon do AT. As opiniões eram muito diversas. Pais da Igreja como Melitão, Cipriano e Rufino postulavam pelo Cânon Hebraico (com 39 livros, excluindo os deuterocanônicos). Já Irineu, Justino e Agostinho defendiam o Cânon Alexandrino (com 46 livros, incluindo os Deuterocanônicos). Jerônimo começou negando a canonicidade dos Deuterocanônicos, embora os tenha incluindo em sua Vulgata. Escritos seus posteriores mostram que esta sua posição inicial foi revista, é o que se verifica em sua Carta a Rufino e outra a Paulino, Bispo de Nola.

No final do séc. IV, Concílios Regionais foram se posicionando a favor do Cânon Alexandrino. É o caso dos Concílios de Roma (382 d.C, dando origem ao Cânon Damasceno), Hipona I (cânon 36, 393 d.C), Cartago III (cânon 47, 397 d.C), IV (cânon 24, 417 d.C) e Trullo (cânon 2, 692). Um documento conhecido como Decreto Gelasiano (496 d.C) também opta pelo Cânon Alexandrino.

As Igrejas Orientais também fizeram sua opção pelo Cânon Alexandrino, adotando a Septuaginta como a versão oficial do AT.

Desta forma, depois do séc. IV, o Cânon Alexandrino havia obtido aceitação ampla em toda Igreja: no Ocidente com as versões da Vetus Latina e a Vulgata. e no Oriente com a Septuaginta.

1.3.1 Novas controvérsias sobre o Cânon do AT

No início do séc. XV, um grupo dissidente da Igreja Copta (também chamados de Monofisistas), conhecidos como Jacobitas questionaram o Cânon Alexandrino entre outras coisas. Em 1441, O Concílio Ecumênico de Florença, através da Bula Cantate Domino (4/2/1442) reafirma o caráter canônico do Cânon Alexandrino.

Com a Reforma Protestante, Lutero volta a questionar o caráter canônico dos Deuterocanônicos negando inclusive seu caráter eclesiástico, pois para ele estes livros eram contrários à Fé. Em 1545, é convocado o Concílio de Trento, que novamente afirma o caráter canônico do Cânon Alexandrino.

No início não houve consenso entre os Protestantes sobre o Cânon do AT. O Rei Tiago da Inglaterra, responsável pela famosa tradução KJV (King James Version), defendia que os Deuterocanônicos deveriam continuar constando nas Bíblias Protestantes. Praticamente na mesma época sugiu uma tradução conhecida como Bíblia de Geneva ou Genebra, que caracterizava os Deuterocanônicos como apócrifos.

Somente após a morte do Rei Tiago e no séc. XVII que os protestantes resolveram afinal adotar para o AT o Cânon Hebraico conforme instituído no Concílio de Jânia. Logo depois a Igreja Ortodoxa Russa resolve deixar como facultativa a aceitação ou não do Cânon Alexandrino.

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Até o século dezesseis ainda existiam dúvidas sobre quais livros do Novo Testamento deveriam ser aceitos com autoridade sólida. O princípio que orientou a formação do Cânon do Novo Testamento foi, como ocorreu no Antigo Testamento, a inspiração.

  1. A morte dos apóstolos tornou necessária a coleção para que seus escritos pudessem ser preservados e sua autoridade reconhecida. Surgira a literatura epistolar e os evangelhos, sendo que sua mensagem poderia ser mantida inviolada somente através da formação do cânon.
  2. Na época da severa perseguição (302 d.C.) surgiram muitos escritores, evangelhos e epístolas falsas e espúrias que reivindicavam sua aceitação como genuínas. Os perseguidores ordenaram que se abandonassem as Escrituras. Porém, os cristãos recusaram-se a condescender com a ordem. Isso, entretanto, levantou a questão sobre quais eram os livros dos Apóstolos e outros.
  3. Aconteceram muitos concílios locais como o concílio de Laodicéia por volta de 360 d.C., e o Terceiro concílio de Cartago em 397 d.C. Assim, através de constantes concílios e exames feitos com cuidado, oração e deliberações eles finalmente dedicaram  quais eram verdadeiros e quais eram falsos, e como resultado temos o Novo Testamento que foi fixado neste período e não houve mais discussão (27 livros).

       Livros canônicos são aqueles que fazem parte da lista dos livros do Antigo Testamento e do Novo Testamento os quais os cristãos consideram como inspirados.

       Deuterocanônicos são aquelas partes cujo caráter inspirado foi posto em dúvida.

    Protocanônicos são aquelas partes do Antigo Testamento e do Novo Testamento que os protestantes rejeitam como não canônicos são chamados apócrifos.

1.4 CANONICIDADE

Com este post se responde quais são os livros bíblicos, por que são sessenta e seis? Trinta e nove no Velho e vinte e sete no Novo Testamento? Por que não mais ou por que não menos? Começando a responder a esta:

“A Bíblia é uma coleção de escritos detentores de autoridade infalível para a fé e vida da igreja. A Palavra “Cânon” é derivada semítica “Qanû; ugarítico”, no hebraico a palavra é “Qâneh” é empregada no velho Testamento sempre no sentido literal. Significa “cana ou balança”. No grego “Kanôn” é derivada da raiz hebraica. No português a palavra Cânon é derivada da palavra grega que sofre transformação no latim. Secularmente a palavra é usada desde Homero (Séc. IX a.C.), e significa qualquer coisa que é segurada junta a uma outra que sirva para medi-la ou esticá-la. Na matemática, história e astronomia, tal palavra equivalia a tabelas, listas de datas e de números. Já na gramática também significa uma regra; na arte, significa pauta; na arquitetura haste, e na literatura uma lista de obras que pertenciam a um determinado autor. Mesmo a palavra sendo usado em vários sentidos em preservou o seu conceito de “regra, modelo”. Sendo assim, a palavra cânon fundamentalmente significa junco, de onde vem o sentido figurado de vara de medir ou régua. Daí deriva o sentido geral de norma ou padrão e, por fim, lista ou rol. Aplicado a Bíblia, cânon refere-se à lista de escritos reconhecidos pela igreja cristã como única regra de fé e prática. (artigo do pastor George Emanuel, intitulado: “A canonicidade da Bíblia”, fonte: http://www.webartigos.com/artigos/a-canonicidade-da-biblia/16852/).

1.4.1 TESTES DE CANONICIDADE

      Em primeiro lugar é importante lembrarmos que certos livros já eram canônicos antes de qualquer teste lhes ser aplicados. Isto é como dizer que alguns alunos são inteligentes antes mesmo de se lhes ministrar uma prova. Os testes apenas provam aquilo que intrinsecamente já existe. Do mesmo modo, nem a igreja nem os concílios eclesiásticos jamais concederam canonicidade ou autoridade a qualquer livro; o livro era autêntico ou não no momento que foi escrito. A Igreja ou seus concílios reconheceram certos livros como Palavra de Deus e, com o passar do tempo, aqueles assim reconhecidos foram colecionados para formar o que hoje chamamos Bíblia. Que testes a igreja aplicou?

  1. Havia o teste da autoridade do escritor. Em relação ao Antigo Testamento isto significava a autoridade do legislador, ou do profeta, ou do líder em Israel. No caso do Novo Testamento o livro deveria ser escrito ou influenciado por um apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ser a assinatura ou aprovação de um apóstolo para ser reconhecido. Em outras palavras, deveria ser a assinatura ou aprovação de um apóstolo. Pedro, por exemplo, apoiou Marcos e Paulo a Lucas.
  2. Os próprios livros deveriam ter algumas prova intrínseca de seu caráter peculiar, inspirado e autorizado por Deus Seu conteúdo deveria se demonstrar ao leitor como algo diferente de qualquer outro livro para comunicar a revelação de Deus.
  3. O veredicto das Igrejas quanto à natureza canônica dos livros era importante. Na verdade, houve uma surpreendente unanimidade entre as primeiras igrejas  quanto aos livros que mereciam   lugar entre os inspirados. Embora seja fato que alguns livros bíblicos tenham sido recusados ou recusados por uma minoria, nenhum livro cuja autenticidade foi questionada por um número grande de igrejas veio a ser aceito posteriormente como parte do Cânon.

       Cânon, finalmente, é o corpo de escritos havidos por únicos possuídos de autoridade normativa para a fé cristã, em contraste  com escritos que não o são, ainda que contemporâneos.

2. LIVROS APÓCRIFOS

A palavra “apócrifo” tem origem na palavra grega apokrufov que significa, segundo o léxico de Liddell e Scott, algo “escondido”, “secreto”, “obscuro”, “de difícil compreensão”, e é aplicada a textos que têm sua autenticidade incerta ou a escritos cuja autoria é desconhecida ou questionada.

Tanto na teologia judaica quando na cristã, o termo “apócrifo” se refere a qualquer porção de texto pretensamente escriturística, mas que não correspondendo à regra estabelecida para a determinação de um livro como canônico, ficou fora do cânon oficial, sendo considerada, portanto, como um texto cujo conteúdo é espúrio ou falseado, não devendo ser levado em consideração na formação de quaisquer ensinos doutrinários, ou no estabelecimento de quaisquer práticas eclesiásticas.

2.1 – Uso atual dos apócrifos

Mesmo havendo, em geral, um consenso sobre este assunto entre o povo de Deus, desde tempos remotos, a sociedade em geral não tem este conceito plenamente solidificado, ou claramente compreendido, como conseqüência disto sempre houve escritos seculares que tentam tratar os livros apócrifos como tendo o mesmo grau de autoridade que um texto canônico, ou como tendo ainda maior autoridade, ocorrência esta que tem crescido em quantidade e em vigor nos últimos tempos, como acontece, por exemplo, com o livro (e filme) intitulado “O Código DaVinci” de Dan Brown, o qual baseia muito de sua argumentação em textos apócrifos.

E pior, criou-se, por força do grande misticismo pós-moderno, uma “corrida” aos apócrifos (inclusive por alguns estudiosos cristãos). São pessoas que equivocadamente supõem haver nos livros apócrifos alguma nova “revelação” ou “informação pertinente”. Contudo, esta busca é algo extremamente perigoso, uma vez que confiar em informações prestadas por um livro que desde os primórdios do cristianismo foi considerado como sendo falso e espúrio é, para dizer pouco, um ato de grande insensatez. Quem confia no que diz uma testemunha que, sabidamente, ao longo do tempo tem mentido e enganado? Ela pode em algum momento até dizer uma verdade, mas como saber? Como se ter certeza? Lembremo-nos da fábula do menino e do lobo! Em verdade, não é possível ter-se confiança naquilo que diz um livro apócrifo. Sua leitura pode, até certo ponto (DIANTE DE EXTREMA CAUTELA), ser ilustrativa em alguns aspectos, mas, nunca deve ser tomada como tendo autoridade, ou verdade reservada, ou revelação. Deve-se ter absoluto cuidado para não se ter a fé abalada por quaisquer informações encontradas nestes livros. Muitos deles foram escritos exatamente com este objetivo em mente, qual seja, enfraquecer ou abalar a fé dos leitores na Santa Palavra de Deus.

3. CATÓLICOS

Para os alguns teólogos, e para a maioria dos historiadores, os livros do novo testamento, assim como os textos apócrifos, datam de muito tempo após a vida de Jesus, sendo alguns deles escritos mais de 200 anos após a morte e ressurreição. Não podendo ser considerados fidedignos, ou seja, nem tudo o que neles fora escrito narra com precisão a verdade.

Os livros apócrifos foram retirados do Cânon Católico por mostrarem um Cristo diferenciado dos Evangelhos e teologias escolhidos, mostrando-o exclusivamente como Deus, sem as limitações e sentimentos humanos, o que tornaria a passagem pela morte algo fácil, diminuindo assim, o tamanho do Sacrifício realizado pelo Salvador; em outros, entretanto, a imagem de Cristo é excessivamente mundana e em desacordo com a imagem passada pelos quatro evangelhos oficiais.

Muitos textos seculares citam textos Apócrifos, como por exemplo, o livro e filme “O Código da Vinci”, que utiliza fatos encontrados nestes, para melhorar trama do livro, visto que são poucos os que conhecem, mesmo parcialmente.

4. CRISTIANISMO OCIDENTAL

No cristianismo ocidental atual existem vários livros considerados apócrifos; nos sínodos realizados ao longo da história esses livros foram banidos do cânon (Livros Sagrados), outros obtiveram uma reconsideração e retornaram à condição de Sagrados (Canônicos). Como exemplo de canonicidade tem a Bíblia (reunião de vários livros).

Os livros Apócrifos são muito estudados atualmente pelos teólogos, porque a sua narrativa ajuda a revelar fato e curiosidades a respeito dos primórdios do cristianismo.

5. OS LIVROS QUE FAZEM PARTE DO NOVO TESTAMENTO APÓCRIFO SÃO:

  • Epístola do Pseudo-Barnabé 
  • Epístola aos Coríntios 
  • Homilia Antiga  
  • Pastor de Hermas 
  • Didaquê 
  • Apocalipse de Pedro 
  • Atos de Paulo e de Tecla 
  • Cartas aos laudicenses 
  • Evangelho segundo os Hebreus 
  • Epístola de Policarpo aos Filipenses 
  • Sete epístolas de Inácio

6. LIVROS PSEUDOEPÍGRAFOS, ESPÚRIOS OU HERÉTICOS

Os livros que foram rejeitados pela igreja primitiva são chamados de Pseudepígrafos. Eram livros considerados espúrios e heréticos pela igreja cristã dos século II e III, época em que surgiram esses textos. Nenhum pai da igreja, Cânon, ou Concílio declarou que qualquer um dos pseudepígrafos seria canônico. Eusébio, assim com a maioria dos pais da igreja, chamou esses livro de “totalmente absurdo e ímpios”.

Os livro pseudepígrafos foram escritos por comunidades gnósticas, docéticas e ascéticas. Os gnósticos eram uma seita filosófica que ensinava que a matéria é má, além de negarem a encarnação de Cristo. Já os docetas ensinavam a divindade de Jesus, mas negavam sua humanidade; diziam que Ele só tinha a aparência de ser humano. Os ascéticos ensinavam que Cristo tinha uma única natureza, que era um fusão entre o divino e o humano.

Esses livros contém certa curiosidade sobre os fatos não relatados nos livros canônicos, como a infância de Jesus, por exemplo. Segundo Norman Geisler, existem cerca de 280 obras dessa natureza. Para os cristãos, o único valor que esses livros têm são históricos, pois revelam a crença e o contexto de seus autores.

Alguns dos principais livros que fazem parte dos Pseudepígrafos são:

Origem

Wikipédia, a enciclopédia livre.

APOSTILAS COMPLETAS NT_Seminário BETEL

http://www.luz.eti.br/es_livrosapocrifos-parte1.html

https://asescrituras.wordpress.com/2011/11/12/2-3-canonicidade/

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