As religiões do mundo

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Abundância de impiedade na China, Japão e alguns países europeus, talvez sem surpresa. Mas(*) há muito mais ateus em lugares como a Arábia Saudita do que você imagina, apesar do fato de que ele é considerado um crime grave por lá.

(*)= No meu computador há um tradutor, e acredito que em outros equipamentos semelhantes é possível ler este texto traduzido.

Muito bom este material.

mapa_das_religioes_no_mundo_sepal

Em 1900, Lars Dahle, secretário-geral da Sociedade Missionária Norueguesa, previu que até 1990 toda a raça humana já teria sido conquistada para a fé cristã. Em contrapartida, na mesma época, outros, imbuídos de uma fé quase cega no avanço da ciência e da tecnologia, criam que era apenas questão de tempo para que o ser humano deixasse de lado todo e qualquer tipo de crença religiosa.

Hoje, claro, podemos dizer que ambos os pontos de vista estavam totalmente equivocados. A pesquisa O Cenário Religioso Mundial, realizada pelo Centro de Pesquisas Pew Forum e publicada em dezembro de 2012, mostra isso claramente. Além de a população mundial não ter se tornado cristã, o ser humano continua buscando na religião respostas para alguns dos seus anseios mais profundos.

Números

Vejamos alguns dos dados mais importantes mostrados pela pesquisa:

  • Cerca de 84% das pessoas de todo o mundo se identificam com alguma religião. Isso significa que dos 6,9 bilhões de habitantes que existem hoje no mundo, 5,8 bilhões manifestam pertencer a algum grupo religioso.
  • 1,1 bilhão de pessoas consideram-se sem nenhuma afiliação religiosa. Neste grupo estão os ateus e agnósticos, mas também aqueles que, apesar de possuírem algum tipo de crença espiritual, não se identificam com nenhum grupo religioso. Dos que pertencem a este grupo, 700 milhões estão na China, 158 milhões nos demais países da região Ásia-Pacífico e cerca de 134 milhões na Europa. O Brasil está entre os dez países com o maior número de pessoas sem afiliação religiosa.
  • O Cristianismo, somadas todas as vertentes, continua sendo a religião com o maior número de adeptos, com 2,2 bilhões de pessoas (31,5% da população mundial), seguido pelo Islamismo (1,6 bilhão, 23%), Hinduísmo (1 bilhão, 15%), Budismo (quase 500 milhões de pessoas, 7% da população mundial), religiões tradicionais (400 milhões, 6%), outras religiões (Xintoísmo, Zoroastrismo, Taoísmo, etc –58 milhões, pouco menos de 1%) e Judaísmo (14 milhões, 0,2%).
  • A região da Ásia-Pacífico concentra cerca de 90% dos seguidores do Hinduísmo, Budismo e religiões populares.
  • Os cristãos são os que estão em uma melhor distribuição nas diferentes regiões do mundo: 26% estão na Europa, 24% na América Latina-Caribe e outros 24% na África subsaariana. O restante está distribuído entre a Ásia-Pacífico, América do Norte e Oriente Médio/Norte da África. É interessante notar que, hoje, existe mais cristãos na região Ásia-Pacífico do que na América do Norte, fato inimaginável há algumas décadas.
  • Dentre os cristãos, 50% são católicos, 37% fazem parte de alguma das denominações que traçam suas origens a partir da Reforma Protestante e 12% são cristãos ortodoxos.
  • Para a surpresa de muitos, 62% dos muçulmanos existentes no mundo vivem na região da Ásia-Pacífico. Aproximadamente 20% vivem no Oriente Médio e Norte da África, e quase 16% na África subsaariana.
  • Cerca de 90% dos muçulmanos são sunitas e 10% xiitas.
  • A Europa, com 43 milhões de muçulmanos, já é a quarta maior região do mundo em número de seguidores de Maomé.
  • Das quatro maiores religiões do mundo, o maior número de pessoas com menos de 25 anos de idade encontra-se entre os muçulmanos.
  • Ao redor de 27% daqueles que aderem a alguma religião vivem como minoria religiosa em diferentes partes do mundo.

Análise

Diante da realidade esboçada acima, e considerando que a fé cristã é eminentemente missionária, quais são alguns dos principais desafios para a igreja do século 21 que emanam de uma rápida análise da pesquisa?

Possivelmente, o desafio que mais salta à vista é o fato de a maior concentração de seguidores de três das quatro maiores religiões do mundo (hindus, budistas e muçulmanos) encontrar-se na região da Ásia-Pacífico. Se queremos que o nome de Jesus seja conhecido em toda a terra, obviamente não podemos ignorar esta região do mundo. Também chama a atenção o fato de existirem mais de 800 milhões de pessoas nesta região do mundo que são ateus, agnósticos ou simplesmente não se identificam com nenhuma confissão religiosa.

Em qualquer leitura missiológica que façamos dos resultados da pesquisa, torna-se óbvio que o Islamismo, com 1,6 bilhão de fiéis espalhados principalmente pela Ásia, Oriente Médio, África do Norte e Europa, precisa estar no centro dos esforços missionários cristãos. Em 2008, o Vaticano anunciou que o número de muçulmanos no mundo havia ultrapassado o número de católicos, e tudo indica que o crescimento dos seguidores de Maomé continuará em ritmo acelerado por algum tempo, não somente por meio de conversões, mas principalmente pela alta taxa de natalidade entre as mulheres muçulmanas.

Se fossem considerados um grupo religioso, os que não possuem afiliação religiosa (1,1 bilhão de pessoas) estariam em terceiro lugar, atrás apenas do Cristianismo e do Islamismo. Eles estão principalmente na Ásia e na Europa, e precisamos traçar estratégias específicas para que o Evangelho chegue a essas pessoas.

A Europa, apesar de possuir um grande contingente de cristãos, torna-se, cada vez mais, um grande desafio para os esforços missionários. Além de já não ser o centro do Cristianismo mundial, a presença de mais de 40 milhões de muçulmanos, a alta taxa de nominalismo entre os cristãos (algo que a pesquisa não se propunha a detectar) e a crescente secularização, deveriam fazer com que o Velho Continente ocupasse um lugar destacado nas nossas estratégias. Precisamos, urgentemente, deixar de pensar que os povos não alcançados estão somente nos recônditos mais longínquos do nosso planeta, e parar de olhar para cidades como Paris, Roma, Madri e Berlim como se fossem apenas parte de importantes roteiros turísticos reservados aos mais abastados. Precisamos entender que, apesar da fartura material, a necessidade espiritual destes lugares precisa ser olhada com tanto interesse como qualquer outra região do mundo.

Por já não existir um centro do Cristianismo mundial (os cristão estão distribuídos de maneira quase uniforme pela África, Europa e América Latina e, em menor proporção, na Ásia e América do Norte), a responsabilidade de proclamar, em palavras e obras, o Reino de Deus por toda a terra, deixou de ser um privilégio exclusivo dos cristãos europeus e norte-americanos. A igreja do “sul global” (América Latina, África e Ásia) precisa assumir a responsabilidade de investir na expansão do Evangelho.

Por último, mas nem por isso menos importante, é preciso destacar que cerca de um bilhão e meio de pessoas vivem como minoria religiosa em diferentes lugares do mundo. Isso dá lugar a um sem número de injustiças, principalmente (mas não exclusivamente) na Ásia, Oriente Médio e Norte da África. Mesmo que muitos destes não sejam cristãos, precisamos ter organizações cristãs especializadas na defesa do direito à liberdade de religião e culto de todo ser humano, sem que isso afete o nosso profundo desejo de que todos conheçam a Cristo.

Diante de tão grandes desafios, resta-nos rogar ao Senhor que nos capacite a sermos fiéis ao chamado e que, assim como Davi, possamos servir à nossa “própria geração, conforme o desígnio de Deus” (Atos 13.36).

Marcos Amado é pastor, missionário da SEPAL e diretor para a América Latina do Movimento Lausanne. Atualmente coordena os esforços para o desenvolvimento do Centro de Reflexão Missiológica Martureo.

http://www.ultimato.com.br/conteudo/as-religioes-do-mundo

O site Business Insider publicou um incrível mapa animado sobre as 5 maiores religiões do mundo – Hinduísmo, Judaísmo, Budismo, Cristianismo e Islamismo. O vídeo, de 2 minutos e 35 segundos, mostra como estas religiões se espalharam pelo mundo do ano 3 mil Antes da Era Comum até os dias de hoje. É uma impressionante viagem no tempo!

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2 respostas para As religiões do mundo

  1. DEBAIXO DA LEI DOS HOMENS

    Em algumas nações asiáticas, a população vive sob o comando das leis islâmicas. Para os cristãos, isso resulta em opressão, ameaças e injustiças.

    Leis são normas criadas para que os homens vivam de forma harmoniosa em sociedade. Elas são um produto da cultura e podem se adaptar ao momento histórico, aos valores sociais de cada povo e ao lugar onde são aplicadas.

    A historia do direito mostra que o cristianismo teve grande influência na formulação das leis que hoje operam nos países ocidentais, como é o caso do Brasil, Estados Unidos e parte da Europa. Foi o cristianismo que inseriu o conceito de dignidade humana nos valores sociais, uma vez que os cristãos creem que todos foram criados à imagem e semelhança de Deus. Por isso, em sua essência, todos devem ser considerados iguais e livres por compartilharem uma natureza comum e por serem originados em Deus.
    No entanto, em alguns países do mundo, as leis e normas não respeitam esse conceito e existem sistemas legais considerados opressores da liberdade humana. Nos países islâmicos mais conservadores, por exemplo, não há separação entre religião e direitos dos cidadãos, ao contrário do que acontece em nações onde a lei é influenciada pelo cristianismo. Sendo assim, só há liberdade de crença, pensamento e direitos humanos quando eles respeitam a Sharia, conjunto de leis vigente nestas nações.

    Vestimenta típica do Islamismo – Burca

    MAS O QUE É A SHARIA?

    A sharia é o sistema jurídico do islamismo. As leis desse sistema são formuladas com base no Alcorão, em escrituras importantes da religião e nas decisões dos estudiosos islâmicos.
    Sharia significa, literalmente, “O caminho para a fonte”. Ela serve como um código de vida que todos os muçulmanos devem aderir e inclui orações, jejum e doações aos pobres. O sistema visa a ajudar os muçulmanos a entender como eles devem liderar cada aspecto de suas vidas de acordo com os desejos de Alá.
    O sistema divide os delitos em duas categorias gerais:
    hadd, que são crimes graves com penalidades pré-definidas, e tazir, crimes cuja punição é deixada a cargo do juiz.
    Os crimes graves incluem o roubo, que pode ser punido com a amputação da mão do infrator, e o adultério, que pode levar à pena de morte por apedrejamento.
    A Organização das Nações Unidas (ONU) já se posicionou contra o apedrejamento, dizendo que “constitui tortura e, portanto, essa e outras punições cruéis, desumanas ou degradantes são claramente proibidas”. Mesmo assim, muitos países, como o Afeganistão, Bangladesh e Paquistão, continuam a praticar tais sentenças.
    Aliás, a religião islâmica criou a própria versão da conhecida Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela foi criada em 1981 a fim de preservar os princípios islâmicos. Apesar da declaração propor alguns direitos e liberdades, o texto protege as práticas dos muçulmanos. Para os cristãos, principalmente os ex-muçulmanos, que vivem nessas nações, a decisão de seguir a Cristo pode levá-los à morte.

    EM BUSCA DE REFÚGIO

    No Afeganistão, país que ocupa o 3º lugar na Lista Mundial de Perseguição 2017, é ilegal praticar qualquer religião a não ser o islamismo. Os cristãos que são descobertos chegam a ser enviados a hospitais psiquiátricos, já que os muçulmanos consideram que ninguém saudável deixaria o islamismo. O batismo também é um crime punível com a morte e, em 2016, vários cristãos morreram quando sua fé foi descoberta. O talibã, grupo islâmico radical, continua ativo no país e persegue aqueles que decidem deixar a religião oficial.
    Recentemente, cristãos afegãos refugiados na Alemanha encararam o medo de ser deportados e estar novamente nas mãos da lei islâmica. O pastor inglês Gottfried Martens, que batizou mais de mil ex-muçulmanos
    ,acusou os intérpretes das audiências (quase todos muçulmanos) de manipular as respostas dos cristãos que solicitavam a permanência no país. Isso apenas para colocar em risco o pedido de refúgio.
    Além disso, Gottfried criticou as maneiras pelas quais os funcionários investigaram se a conversão dos cristãos era genuína. “Perguntavam coisas como: os nomes dos dois filhos na parábola do filho pródigo, o motivo da morte de Martinho Lutero, ou sobre visitas de celebridades à Igreja do Castelo de Wittenberg”, afirmou.
    Ainda pior do que serem zombados quando declararam sua fé em Jesus Cristo, eles correm o risco de ser enviados de volta ao Afeganistão onde, como cristãos, enfrentariam punições severas ou até a morte. “Enviá-los de volta ao Afeganistão é uma grande irresponsabilidade dada à situação dos cristãos no país. É de fato uma questão de vida ou morte” declara um colaborador da Portas Abertas que acompanha a situação.

    ISOLADOS E DESPREZADOS

    Algumas imagens e descrições de pessoas na Ásia

    Em Bangladesh (26º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2017), à medida que o extremismo islâmico cresce, também cresce a perseguição aos cristãos. Em 2016, quatro cristãos foram mortos, e algumas das mortes foram usadas como forma de “ensinar” às pessoas a não deixarem o islamismo, conforme confessou o grupo Estado Islâmico, que se declarou autor dos crimes.
    Porém, não apenas os grupos extremistas perseguem os cristãos, mas a população em geral também isola e ameaça os convertidos a Jesus por fidelidade às leis islâmicas. Eles enfrentam pressão da família e da comunidade para retornarem à antiga fé. Por decidirem seguir a Cristo, muitos enfrentam desemprego, divórcio, ameaças e até mesmo violência física.
    Abdul Kashem, cristão ex-muçulmano de 45 anos de idade, viveu de perto essa realidade. “Depois da conversão da minha família, os muçulmanos nos proibiram de ter acesso à água potável da comunidade. Como resultado, estamos sempre doentes porque usamos águas de lagos poluídos”, desabafa ele. Em um momento de desespero, os cristãos forçaram o acesso os tubos que trazem a água limpa, mas foram impedidos. “Fomos acusados de trair o islamismo e a comunidade. Disseram que não somos dignos de beber dessa água”, complementa.

    VIVENCIANDO INJUSTIÇAS

    Alguns dos casos mais conhecidos no mundo sob pressão e violência contra cristãos acontecem no Paquistão (4º país da Lista Mundial da Perseguição 2017). Aasya Noreen, conhecida como Asia Bibi, presa em 2009, acusada de blasfemar contra o profeta islâmico Maomé, permanece no corredor da morte. O caso dela causou uma comoção internacional contras as leis de blasfêmia do país. Outros casos, como o bombardeio durante a Páscoa de 2016 na cidade de Lahore, executado pelo Talibã, foi dirigido especificamente contra cristãos e matou pelo menos 69 pessoas. É nesse contexto que persevera a igreja paquistanesa.
    Nadeem Masih, cristão paquistanês de 24 anos, é da região de Yaqoobabad e vive na cidade de Gujrat. Recentemente, ele foi acusado de enviar quatro mensagens via celular para um amigo de infância que é muçulmano. As autoridades alegam que Nadeem difamou o profeta Maomé no conteúdo dessas mensagens. Em 14 de setembro de 2017, ele foi multado em três mil dólares americanos (cerca de nove mil reais) e condenado à morte.
    Seis dias depois da condenação de Nadeem , o advogado do jovem alegou que não havia provas suficientes contra o cliente e que a polícia não investigou o assunto de forma adequada.
    A fidelidade à Shária e a imposição de suas regras a não muçulmanos atinge também crianças e jovens. Em todo o país, um número de conversões forçadas ao islamismo e sequestros de meninas cristãs cresceu de forma alarmante. Colaboradores da Porta Abertas presentes no país conheceram centenas de famílias que acreditam nunca mais ver as filhas e irmãs desaparecidas. “Essas garotas são seduzidas ou forçadas a voltar ao islamismo, seja com promessas ou ameaças, presentes ou advertências”, diz um colaborador.
    Segundo ele, não há uma só família com a qual teve contato que não tenha sido atingida pela tragédia de perder uma jovem dessa forma. “Quando minha sobrinha foi sequestrada voltando da faculdade, há quatro anos, pensei que poderíamos negociar com os sequestradores, porque eles são nossos vizinhos. Mas, desde o acontecido, ouvimos a voz dela na casa ao lado e a vemos vestindo o hijab(*). Podemos observá-la de longe, mas não conseguimos chegar perto dela”, diz outro colaborador local.
    Diante de tanta hostilidade moral, emocional e física, aos cristãos é necessário apegar-se ao autor e consumador de sua fé, Jesus Cristo, e aguardar a perfeita justiça divina. Porque ele é soberano sobre todas as coisas desde antes da criação do mundo. Como diz o apóstolo Paulo em Colossenses 1:17: “Ela é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste”. A nós, família da fé, cabe orar e servir àqueles que não tem a mesma liberdade de crença e adoração que nós. Unida, a igreja, anseia pela restauração de todas as coisas e o reinado eterno do nosso Senhor Jesus Cristo.

    (*)=Hijabe ou hijab (do árabe: حجاب, translit. ħijāb, ‘cobertura’; “esconder os olhares”; pron.: [ħiˈdʒæːb]) é o conjunto de vestimentas preconizado pela doutrina islâmica. No Islã, o hijab é o vestuário que permite a privacidade, a modéstia e a moralidade, ou ainda “o véu que separa o homem de Deus”.[1] O termo “hijab” é, por vezes, utilizado especificamente em referência às roupas femininas tradicionais do Islã, ou ao próprio véu.

    O hijab é usado pela maioria das muçulmanas que vivem em países do mundo muçulmano. A depender da escola de pensamento islâmica, o hijab pode se traduzir na obrigatoriedade do uso da burca, que é o caso do Talibã afegão, até apenas uma admoestação para o uso do véu, como ocorre na Turquia. Na atualidade, o hijab é obrigatório na Arábia Saudita e na República Islâmica do Irã, além de governos regionais noutros países, como na província Indonésia de Achém.

    https://www.portasabertas.org.br/main/download/revistaPA_dezembro_2017_download.pdf

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  2. A transição religiosa no mundo no século XXI

    “A transição religiosa global do século XXI vai ocorrer com aumento dos dois maiores grupos religiosos (cristãos e muçulmanos), redução do percentual das outras religiões em conjunto e redução do percentual dos sem-religião (unaffiliated). No global os muçulmanos serão o maior grupo religioso a partir de 2070. Além da mudança de hegemonia, em certo sentido, o mundo tende a ficar mais homogêneo em termos religiosos no século XXI (maior presença dos dois grandes grupos) e menos secular.escreve José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 09-12-2016.

    Eis o artigo.

    População Muçulmana

    O mundo vai passar por uma grande transição religiosa no século XXI. As filiações cristãs (católicas + evangélicas), que representavam 31,4% da população mundial em 2010, devem passar para 33,8% em 2100. No mesmo período, as filiações muçulmanas passarão de 23,2% para 34,9%. O ponto de inflexão deve ocorrer em 2070, quando os dois grupos devem ter, cada um, cerca de um terço (32,3%) do total da população mundial, conforme pode ser visto no gráfico acima do Instituto PEW.
    As causas da mudança decorrem das diferenças na dinâmica demográfica e no processo de migração entre as religiões (trânsito religioso). Nas próximas quatro décadas, os cristãos permanecerão o maior grupo religioso, mas o Islã crescerá mais rápido do que qualquer outra religião importante.

    Ateus, agnósticos e outras pessoas que não se afiliam a nenhuma religião – embora estejam aumentando em países como os Estados Unidos, França e Brasil, constituirão uma parte decrescente da população total do mundo. Isto deve ocorrer principalmente devido à diminuição absoluta da população chinesa a partir de 2027.

    A população budista global será aproximadamente do mesmo tamanho que era em 2010, enquanto as populações hindu e judaica serão maiores do que são hoje. A Índia manterá uma maioria hindu, mas também terá a maior população muçulmana de qualquer país do mundo, superando a Indonésia.

    Nos Estados Unidos, os cristãos vão diminuir de mais de três quartos da população em 2010 para dois terços em 2050, e o judaísmo não será mais a maior religião não cristã. Os muçulmanos serão mais numerosos nos Estados Unidos do que as pessoas que se identificam como judeus com base na religião. Quatro em cada 10 cristãos do mundo viverão na África subsaariana.

    Projected Change

    Estas são algumas das tendências religiosas globais destacadas no estudo “The Future of World Religions: Population Growth Projections, 2010-2050” do Pew Research Center. As projeções levam em consideração o tamanho atual e a distribuição geográfica das principais religiões do mundo, diferenças de idade, taxas de fecundidade e mortalidade, migração internacional e padrões de conversão.

    A transição religiosa global do século XXI vai ocorrer com aumento dos dois maiores grupos religiosos (cristãos e muçulmanos), redução do percentual das outras religiões em conjunto e redução do percentual dos sem-religião (unaffiliated). No global os muçulmanos serão o maior grupo religioso a partir de 2070. Além da mudança de hegemonia, em certo sentido, o mundo tende a ficar mais homogêneo em termos religiosos no século XXI (maior presença dos dois grandes grupos) e menos secular.

    Estas são as projeções do estudo que pode ser acessado no link abaixo.

    Referência:

    PEW. The Future of World Religions: Population Growth Projections, 2010-2050. PEW, Abr 2015

    http://www.ihu.unisinos.br/563255-a-transicao-religiosa-no-mundo-no-seculo-xxi

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