Nosso protesto contra o quebrantamento – As raízes da rebeldia

Nossa rebeldia contra Deus tem várias raízes.

Orgulho

A maior raiz de rebeldia em nossas vidas é o orgulho. Toda vez que você e eu escolher fazer algo por conta própria e nos rebelarmos contra o chamado de Deus, estaremos dizendo: “Eu sei mais do que o Senhor sabe, Deus”.
Quando as pessoas resistem ao chamado para a salvação, estão dizendo: “Eu sei mais do que o Senhor a respeito da salvação. Eu sei como ser salvo sem precisar de Jesus Cristo. Conheço um caminho para a vida eterna sem precisar dele”.
Quando resistem ao chamado para a santificação, dizem: “Eu sei mais do que o Senhor sobre como viver nesse mundo e ainda ser salvo. Sei como tomar minhas próprias decisões e resolver meus próprios problemas. Sei definir retidão melhor do que o Senhor”.
Quando resistem ao chamado para o serviço, querem dizer: “Sei qual é o ministério certo para mim. Sei como ser eficiente e como ter uma vida cheia de significado. Eu posso definir meu próprio destino espiritual”.
Em todos os casos, elas estão erradas. Deus providenciou o caminho para a vida eterna: Jesus Cristo. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14:6). Ele não disse: “Eu sou um caminho”. Ele disse: “Eu sou o caminho”. Deus não só providenciou nosso caminho para a salvação, mas também através da continua ação do Espírito Santo, nosso caminho para a santificação. Quando resistimos aos meios e métodos de Deus e escolhemos nosso caminho, estamos em rebelião.

Medo

Uma segunda importante raiz de rebeldia é o medo. Jonas podia muito bem estar com medo de ir a Nínive. Os ninivitas eram idólatras, perversos, pecadores e traiçoeiros. Jonas pode ter temido uma grande perseguição, já que seria um hebreu caminhando nas ruas de Nínive falando sobre o único Deus verdadeiro, Jeová, para os inimigos dos israelitas que criam em vários deuses. Obviamente ele tinha medo que Deus poupasse os ninivitas. Ele também temia que fosse poupá-los para permitir que atacassem os israelitas para quebrantar algo nas vidas do próprio povo de Deus.
Orgulho e medo são, com folga, as duas maiores raízes de rebeldia em nossas vidas.
Pergunte-se: “Por que eu estou resistindo àquilo que sei que Deus está pedindo que eu faça, que eu entregue ou que mude?”.
Do que você tem medo? De que forma o orgulho está atuando em sua rebeldia? Quanto mais fortes as forças do orgulho e medo atuarem em sua vida, maior será a sua tendência de se rebelar.

Força de vontade

Aqueles que têm uma grande dose de orgulho também possuem personalidades muito fortes. Têm uma força de vontade muito poderosa. Conseguem receber uma chuva de críticas e rejeição, viver sem muito amor e ainda assim trilhar seu caminho no meio de uma crise. Eles possuem autodeterminação, persistência e autoconfiança suficientes para continuar em rebeldia, não importa o quão intensas sejam as pressões.

Astúcia

Outros são muito astutos e espertos. Sabem como manipular ou criar uma saída em situações complicadas. Eles podem pensar em uma forma de escapar até do processo de quebrantamento de Deus. Quanto maior a pressão aplicada em suas vidas, mais desenvolvem o seu “plano B”. Apesar de tudo que Deus faz, continuam andando, trilhando o caminho errado, desvio após desvio.
Eventualmente, cada um de nós chega ao fim da nossa própria habilidade mental, emocional e espiritual de lidar com a vida. Esse momento pode acontecer em nosso leito de morte. Mas concretamente, acontece na nossa morte.
Deus deseja que esqueçamos o orgulho e o medo e digamos: “Não consigo viver sozinho. Não consigo manipular meu caminho para uma alegria, esperança e completude genuínas. Eu preciso de ti em minha vida, Senhor. Confio em ti completamente para fazer para mim tudo o que é verdadeiramente significativo e importante”.

Tentando minimizar a rebeldia

Praticamente todos nós, alguma vez, já tentamos minimizar nossa própria rebeldia. Encontramos várias formas de justificar nossas decisões.
Algumas vezes, culpamos os outros pela pressão que estamos sentindo ou pelo quebrantamento que estamos experimentando. Dizemos a nós mesmos: “Eu não estaria nessa situação se fulano não tivesse me enganado. Eu não me sentiria dessa forma se sicrano não tivesse me causado esse problema”.
Outras vezes, culpamos as circunstâncias passadas ou presentes. Nós dizemos: “Nasci desse jeito, cresci desse jeito; sou desse jeito, e não vou mudar. Deus conhece o meu passado, então sabe que eu vou reagir dessa forma”.
Continuamos racionalizando, fugindo e nos rebelando. Na verdade, quando as pessoas tentam se justificar e sempre culpam os outros, é um sinal de que resistem a um quebrantamento e estão em rebeldia.
Eu conheço uma mulher que foi várias vezes a um conselheiro cristão e cada vez o conselheiro dizia: “Aqui está o que a Palavra de Deus diz”, ela olhava a passagem nas Escrituras e começava com uma série de “Mas, mas, mas”. Finalmente desistiu de procurar o conselheiro porque não gostava do que ele tinha para dizer, e não queria ouvir a verdade. Ela só queria contar a sua versão da história. Essa é a rebeldia agindo.
A reação correta é confessar: “Estou me rebelando contra Deus”. Quanto mais cedo chegarmos a essa conclusão, e encararmos a realidade de nosso comportamento, mais cedo poderemos ver a resolução de nosso quebrantamento.

O alto custo da rebeldia

O que a rebeldia custou a ele? A mesma coisa que nos custa:
Perda da família. Jonas foi separado de seu povo. Ele comprou uma passagem com a intensão de se mudar para um lugar que ficava a mais de trezentos quilômetros de distância de seu povo. Inevitavelmente, nossa rebeldia vai causar a perda de relações com vários daqueles que mais amamos.
Perda do emprego. Qualquer que fosse a carreira de Jonas, aparentemente ele estava disposto a abandoná-la por uma vida incerta em uma terra estrangeira.
Perda de renda. Com a perda de seu emprego, Jonas também perdeu renda.
Perda de dinheiro ou bens. A passagem de Jonas, com certeza custou uma quantia razoável. Quando a carga foi jogada para fora do navio, muito provavelmente qualquer bem material que ele trouxe a bordo também se perdeu. Mesmo se não tivessem sido jogados até àquela hora, Jonas perdeu tudo foi jogado para fora do navio.
Jonas não experimentou somente perdas materiais, tangíveis e de relacionamento, mas também experimentou:
Uma consciência culpada. Jonas sabia que estava desobedecendo a Deus.
Um distanciamento de Deus. Jonas se colocou em uma posição distanciada de Deus.
Só a experiência de enfrentar uma tempestade e passar três dias e três noites no estomago de um grande peixe deve ter sido terrível. Você consegue imaginar o mau cheiro dentro daquele peixe? Consegue imaginar a luta por oxigênio, a lenta degeneração que uma pessoa sente em seu próprio corpo?
Todas essas perdas envolvem outras, mas Jonas também vivenciou uma série de: Amarras emocionais. Raiva, ódio e amargura sempre criam amarras em nós. Quando retemos esses sentimentos em relação a outros, nos tornamos prisioneiros de nossas próprias emoções. O ressentimento nos corrói. Ele embaça nossa visão no futuro, drena nosso entusiasmo pela vida e nos priva de alegria. A amargura incapacita-nos de amar e ser amado. A raiva e o ódio atacam a nossa fé. Jonas era um homem que estava com intenso distúrbio emocional. Sua atitude secou seu coração, assim como a lagarta secou a planta que Deus providenciou para dar sombra. Isso o fez definhar como ser humano.
Apesar de não sabermos nada sobre a família de Jonas, podemos supor que ela também sofreu como resultado da rebeldia. Os familiares e os amados daqueles que se rebelam sempre sofrem de alguma forma.
Nenhum de nós pode se rebelar contra Deus sem pagar um preço incrível. Se prosseguirmos em nossa rebelião, Ele geralmente nos diz: “Tudo bem. Você venceu, mas perdeu”. Deus nos deixará exatamente no estado que escolhemos. Se preferirmos não aceitar o chamado de Deus para a salvação, permaneceremos da mesma forma nessa área – não salvos, perdidos.
Se decidirmos não aceitar o chamado de Deus para a santificação, permaneceremos continuamente lutando contra a tentação e as consequências de decisões ruins e do pecado.
Se escolhermos não aceitar o chamado de Deus para o serviço, continuaremos incompletos e lutando para encontrar um significado e propósito genuíno em nossas vidas.
A rebeldia acaba com o nosso crescimento. Ela não nos permite ser completos. Ela poda a nossa habilidade de amadurecer espiritualmente.

A BENÇÃO DO QUEBRANTAMENTO
CHARLES STANLEY
EDITORA ATOS

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